A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) considera que as medidas anunciadas na quarta-feira (27) pelo governo para evitar uma valorização ainda mais expressiva do câmbio certamente serão burladas em algum momento pelo mercado financeiro.
Segundo a entidade, o mercado já estuda maneiras de contornar os obstáculos impostos pelo Decreto 6306 e pela Medida Provisória 539. A opinião é de Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da entidade.
A MP 539 tem três grandes objetivos:
dar mais poderes ao Conselho Monetário Nacional para regular o mercado de derivativos cambiais no país, exigir que os contratos de balcão sejam registrados nas câmaras de compensação para ter validade jurídica, e tributar com IOF - que pode chegar a 25% - a variação das posições vendidas em moeda estrangeira.
O decreto fixou a alíquota do IOF ontem em 1%.
"Lógico que essas medidas estão atreladas a mais um esforço do governo tentando conter a valorização da moeda", diz Francini, "mas este jogo é difícil. O cenário de semidevastação [da indústria] que vem sendo promovido pelos importados prossegue, assim como a apreciação da nossa taxa de câmbio". Na opinião do diretor, não há como fazer um conjunto de medidas sem chance de ser encontrado um desvio.
"Isso é uma briga contínua, uma briga de esconde-esconde. De qualquer forma, não sabemos qual será o resultado dessas medidas mas torcemos para que dê certo", afirmou Francini, que evitou fazer comentários sobre o pacote de estímulo à indústria, a ser anunciado pelo governo dia 2.
"Demos sugestões de temas a serem tratados, mas não conhecemos sua completa extensão, ficando portanto depois do anúncio algum comentário a respeito dele".
Do Valor Online
Segundo a entidade, o mercado já estuda maneiras de contornar os obstáculos impostos pelo Decreto 6306 e pela Medida Provisória 539. A opinião é de Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da entidade.
A MP 539 tem três grandes objetivos:
dar mais poderes ao Conselho Monetário Nacional para regular o mercado de derivativos cambiais no país, exigir que os contratos de balcão sejam registrados nas câmaras de compensação para ter validade jurídica, e tributar com IOF - que pode chegar a 25% - a variação das posições vendidas em moeda estrangeira.
O decreto fixou a alíquota do IOF ontem em 1%.
"Lógico que essas medidas estão atreladas a mais um esforço do governo tentando conter a valorização da moeda", diz Francini, "mas este jogo é difícil. O cenário de semidevastação [da indústria] que vem sendo promovido pelos importados prossegue, assim como a apreciação da nossa taxa de câmbio". Na opinião do diretor, não há como fazer um conjunto de medidas sem chance de ser encontrado um desvio.
"Isso é uma briga contínua, uma briga de esconde-esconde. De qualquer forma, não sabemos qual será o resultado dessas medidas mas torcemos para que dê certo", afirmou Francini, que evitou fazer comentários sobre o pacote de estímulo à indústria, a ser anunciado pelo governo dia 2.
"Demos sugestões de temas a serem tratados, mas não conhecemos sua completa extensão, ficando portanto depois do anúncio algum comentário a respeito dele".
Do Valor Online
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