O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), autorizou a construção de um novo anexo da Casa para abrigar 86 gabinetes, restaurantes, salas de reuniões e garagem subterrâneas, a um custo estimado de R$ 300 milhões
A expectativa é de que a obra se inicie dentro de um ano.
Serão dois andares com 10 mil metros quadrados de área e outros dois andares acima desse com 2.500 metros quadrados, onde ficarão os gabinetes, cada um com 40 metros quadrados e banheiro privativo.
Haverá ainda dois pavimentos com garagem subterrânea.
Os técnicos da Câmara já elaboraram o projeto de arquitetura e agora se dedicam à redação de um extenso edital que deve ser publicado até o final do ano, com as regras para a contratação dos engenheiros que farão o projeto de engenharia.
Até junho de 2012, ele deve estar pronto e outro edital será publicado para que seja escolhida, mediante uma licitação, a construtora que erguerá o prédio.
Os R$ 300 milhões sairão do Orçamento próprio da Câmara, oriundos da venda da folha de pagamento dos funcionários para o Banco do Brasil , promovida em 2007 pelo então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já para esta finalidade.
Àquela época, o arquiteto Oscar Niemeyer fez o estudo preliminar que previa um novo anexo idêntico e em frente ao anexo 4. Entre os dois, seria construído um prédio de dois andares onde ficariam os restaurantes e as salas de reuniões.
Se colocado em prática, esse projeto original custaria R$ 700 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão.
Marco Maia, contudo, para evitar o desgaste político com um investimento desse valor e até mesmo uma eventual antipatia da presidente Dilma Rousseff sobre a ideia, tendo em vista o ajuste fiscal em andamento, optou por um meio termo:
fazer apenas o prédio intermediário entre os anexos.
Assim, nem inviabiliza o projeto original -a ser completado no futuro- nem tem de arcar com o custo político de explicar um gasto que poderia chegar a R$ 1 bilhão.
"A Mesa Diretora entendeu que é melhor fazer o projeto original em etapas", disse uma fonte que acompanha os debates em torno da obra.
No entanto, o prédio intermediário que será feito terá algumas diferenças com o original, como os dois andares superiores que serão ocupados com os gabinetes.
Após a conclusão da obra, serão alocados para os novos gabinetes os deputados que atualmente ocupam o anexo 3, onde os gabinetes são menores e não possuem banheiro. A área passará por uma reforma para funcionar posteriormente como uma extensão da ala das comissões.
A ampliação da Câmara foi uma promessa de campanha de Maia no início deste ano. Ele se comprometeu com a proposta após seu principal adversário, Sandro Mabel (PR-GO), coloca-lá como uma das principais vitrines na disputa com o petista. Procurado pelo Valor, sua assessoria informou que ele está em férias no exterior.
Em fevereiro, porém, justificou a ideia:
"Temos uma realidade dura quanto aos espaços. Os gabinetes são pequenos e não temos salas de reuniões. A imprensa não sabe a dificuldade que temos para fazer reuniões", disse, completando que a obra "não representará nenhum recurso novo", pois "há recursos à disposição para realizá-la".
Caio Junqueira | De Brasília Valor Econômico
A expectativa é de que a obra se inicie dentro de um ano.
Serão dois andares com 10 mil metros quadrados de área e outros dois andares acima desse com 2.500 metros quadrados, onde ficarão os gabinetes, cada um com 40 metros quadrados e banheiro privativo.
Haverá ainda dois pavimentos com garagem subterrânea.
Os técnicos da Câmara já elaboraram o projeto de arquitetura e agora se dedicam à redação de um extenso edital que deve ser publicado até o final do ano, com as regras para a contratação dos engenheiros que farão o projeto de engenharia.
Até junho de 2012, ele deve estar pronto e outro edital será publicado para que seja escolhida, mediante uma licitação, a construtora que erguerá o prédio.
Os R$ 300 milhões sairão do Orçamento próprio da Câmara, oriundos da venda da folha de pagamento dos funcionários para o Banco do Brasil , promovida em 2007 pelo então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já para esta finalidade.
Àquela época, o arquiteto Oscar Niemeyer fez o estudo preliminar que previa um novo anexo idêntico e em frente ao anexo 4. Entre os dois, seria construído um prédio de dois andares onde ficariam os restaurantes e as salas de reuniões.
Se colocado em prática, esse projeto original custaria R$ 700 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão.
Marco Maia, contudo, para evitar o desgaste político com um investimento desse valor e até mesmo uma eventual antipatia da presidente Dilma Rousseff sobre a ideia, tendo em vista o ajuste fiscal em andamento, optou por um meio termo:
fazer apenas o prédio intermediário entre os anexos.
Assim, nem inviabiliza o projeto original -a ser completado no futuro- nem tem de arcar com o custo político de explicar um gasto que poderia chegar a R$ 1 bilhão.
"A Mesa Diretora entendeu que é melhor fazer o projeto original em etapas", disse uma fonte que acompanha os debates em torno da obra.
No entanto, o prédio intermediário que será feito terá algumas diferenças com o original, como os dois andares superiores que serão ocupados com os gabinetes.
Após a conclusão da obra, serão alocados para os novos gabinetes os deputados que atualmente ocupam o anexo 3, onde os gabinetes são menores e não possuem banheiro. A área passará por uma reforma para funcionar posteriormente como uma extensão da ala das comissões.
A ampliação da Câmara foi uma promessa de campanha de Maia no início deste ano. Ele se comprometeu com a proposta após seu principal adversário, Sandro Mabel (PR-GO), coloca-lá como uma das principais vitrines na disputa com o petista. Procurado pelo Valor, sua assessoria informou que ele está em férias no exterior.
Em fevereiro, porém, justificou a ideia:
"Temos uma realidade dura quanto aos espaços. Os gabinetes são pequenos e não temos salas de reuniões. A imprensa não sabe a dificuldade que temos para fazer reuniões", disse, completando que a obra "não representará nenhum recurso novo", pois "há recursos à disposição para realizá-la".
Caio Junqueira | De Brasília Valor Econômico
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