"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 29, 2010

DÍVIDA LÍQUIDA PÚBLICA CHEGA A R$1.385 tri

A dívida líquida total do setor público subiu para R$ 1,385 trilhão em junho, ou 41,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Um mês antes, estava em R$ 1,371 trilhão, ou 41,4% do PIB também. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Banco Central (BC).

Para a comparação com a dívida, a autoridade monetária considerou o PIB dos últimos 12 meses, a preços de junho, estimado em R$ 3,344 trilhões.

A dívida bruta do governo federal, Previdência Social e governos regionais - que, ao contrário da dívida líquida, não contabiliza ativos - avançou para R$ 2,01 trilhões em junho, o correspondente a 60,1% do PIB, em comparação ao R$ 1,991 trilhão, ou 60,1% do PIB, em maio.

Economia para pagar juros


O setor público brasileiro consolidado registrou superávit primário, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública, de R$ 2,059 bilhões em junho. Um ano antes, o saldo foi positivo em R$ 3,376 bilhões. Em maio, o superávit foi de R$ 1,43 bilhão.

De acordo com o Chefe de Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o resultado é o pior desde junho de 2003, quando o superávit primário ficou em R$ 1,686 bilhão.

O resultado não é ruim, temos que levar em consideração a sazonalidade. Os gastos foram relacionados ao investimento, o resultado foi bom. As despesas se elevaram por força dos investimentos", disse Lopes, descartando qualquer relação da redução no superávit primário com o ano eleitoral.

O número refere-se ao desempenho das contas da União, Estados, municípios e estatais. O conceito primário leva em conta o movimento de caixa do setor público, desconsiderando as despesas com juros.

Nos seis primeiros meses do ano, o superávit foi de R$ 40,105 bilhões, o correspondente a 2,36% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em igual período do ano passado, o esforço fiscal foi de R$ 35,255 bilhões, mas a proporção em relação ao PIB do período foi exatamente a mesma: 2,36%.

No acumulado em doze meses, o superávit alcançou R$ 69,4 bilhões.

Em 12 meses até junho, o setor público acumulou superávit primário equivalente a 2,07 por cento do PIB.

O governo tem como meta para 2010 um saldo primário de 3,3% do PIB.

(Com informações do Valor Online e da Agência Estado)

Nenhum comentário: