Angelo Pavini, de São Paulo Valor Econômico
O tombo dos volumes no mercado acionário em junho acendeu a luz amarela entre analistas e corretoras e frustrou parte das expectativas positivas para o ano.
O volume médio diário negociado na Bovespa no mês passado, caiu 19,8% em relação a maio, de R$ 7,282 bilhões para R$ 5,840 bilhões.
No segmento de varejo, o home broker, a média de negócios caiu 21%, de R$ 2,6 bilhões para R$ 2 bilhões por dia.
E o número de investidores com ofertas executadas caiu de 181 mil para 148 mil, ou 18,42%.
A esses resultados ruins se soma a estagnação no número de contas de pessoas físicas, em 556 mil.
Apesar de os analistas ainda não estarem revendo suas projeções para o Índice Bovespa, na média em torno de 80 mil pontos, já há o receio de que o mercado não atraia tantos investidores quanto o programado, deixando mais distante a meta da BM&FBovespa de chegar a 5 milhões de investidores em cinco anos dez vezes mais que o número atual.
Essa situação, que afeta diretamente as corretoras algumas estimam queda no faturamento do segundo e do terceiro trimestre de até 40% , pode se prolongar até setembro com as férias no hemisfério Norte, que começam agora.
Há ainda o efeito da alta dos juros no Brasil e a indefinição do cenário econômico na Europa e nos Estados Unidos.Tudo isso deve levar as corretoras a um esforço extra para atrair o investidor, com campanhas, promoções e mais serviços. "É hora de acarinhar o investidor", afirma Álvaro Bandeira, economista-chefe da corretora Ágora.
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