VANNILDO MENDES - Agência Estado
Tuma Jr. começa a "salivar"
Demitido por suposto envolvimento com a um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, o ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, deixou o cargo atirando.
Ele disse que foi alvo de arbitrariedades da Polícia Federal, atribuiu sua desgraça à conspiração de setores mafiosos incomodados com sua atuação, acusou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, de agir com "covardia política" e deu a entender que haverá troco.
"A verdade virá à tona! Vão surgir fatos que vocês vão se arrepiar, aguardem!", disse.
Barreto ainda tentou suavizar o ato, destacando na nota "os relevantes trabalhos" prestados por Tuma à frente do cargo. Tuma disse que, agora, sem as amarras éticas de estar à frente de um cargo de confiança, vai se defender e mandou um aviso aos setores do governo que, a seu ver, contribuíram para sua queda.
"Minha história de vida, do meu pai e minha família, ninguém vai manchar", afirmou.
O secretário explicou que contrariou interesses à frente do cargo e, como garantiu, ele é que teria sido vítima "da verdadeira máfia".
Indagado a quem se referia, o secretário evitou citar nomes, mas registrou que "tem muita gente envolvida, políticos também".
E insistiu, enigmático:
"Vocês verão coisas cabeludas!
Confio na Justiça, o tempo vai restabelecer a verdade". Tuma mostrou-se ressentido com o governo.
"Foi uma grande injustiça para um governo democrático".
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