"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 08, 2010

UMA NOVA "MAROLINHA" ?

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A crise da Europa ameaça acabar com a lua de mel do mercado internacional com o Brasil.

Nem tanto por razões domésticas, mas porque um eventual prolongamento das turbulências tende a secar os recursos disponíveis mundo afora para aplicações em ativos considerados de risco, como os brasileiros.

As incertezas dos últimos dias já fizeram estragos no País – por enquanto, restritos à área financeira, sem afetar a economia real.

Os estrangeiros tiraram quase R$ 900 milhões da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos três primeiros dias úteis de maio.

A média diária de saída (próxima a R$ 300 milhões) supera até mesmo a do pior momento da crise global.

Em outubro de 2008, deixaram a Bolsa R$ 4,7 bilhões, valor recorde dos últimos anos. Na média diária, eram R$ 213 milhões.

No mercado futuro de câmbio, os estrangeiros passaram a apostar na desvalorização do real. Até o início da semana passada, esses investidores tinham uma posição de US$ 2,6 bilhões a favor da moeda brasileira.

Terça-feira, inverteram-na rapidamente. Agora, a posição está em US$ 2,5 bilhões pró-alta do dólar.

Adiamento

Outra evidência de que o sinal amarelo acendeu foi o recuo da Odebrecht, na sexta-feira, em uma emissão internacional. A empresa pretendia captar US$ 200 milhões no exterior.

Há quem acredite que o cenário nebuloso põe em risco até mesmo a megacapitalização da Petrobrás, prevista para os próximos meses.

Incerteza

A questão que ninguém sabe responder com precisão neste momento diz respeito justamente à duração e à extensão desse aperto de liquidez. Por ora, a aposta da maioria dos analistas é de que a Europa encontrará uma solução para os problemas fiscais de países como Grécia, Portugal e Espanha.

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