"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 08, 2010

SARNEY, O INCOMUM, SENHOR ABSOLUTO DO BORDEL.


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recontratou em abril a mulher do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro, responsável direto pela análise das contas da Casa, um ano e meio depois que ela foi demitida por nepotismo, informa reportagem de Filipe Coutinho, publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo a reportagem, na mesma semana em que Maria José de Ávila, mulher de Carreiro, foi recontratada por Sarney, Carreiro pediu o arquivamento de um processo sobre a contratação sem licitação de uma empresa de serviços elétricos no Senado por R$ 485 mil. O voto de Carreiro foi seguido pelo tribunal.

Para o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Mozart Valadares, a recontratação da mulher de Carreiro é uma "incoerência".

Outro lado

O presidente do Senado, José Sarney, afirmou por meio de nota de sua assessoria que a contratação da mulher do ministro do TCU Raimundo Carreiro não é caso de nepotismo.

A assessoria, porém, não respondeu por que a mulher, dois filhos e a sobrinha do ministro foram demitidos após súmula antinepotismo.

Procurada pela Folha, Maria José de Ávila não quis se pronunciar.

Por meio de assessoria, Raimundo Carreiro disse que não tem responsabilidade pela contratação da mulher.

"É o Senado que responde por ela", afirmou.

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