Rodrigo Rangel / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A mesma investigação da Polícia Federal que descobriu ligações estreitas do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o homem apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo revela em detalhes a maneira como ele e seus auxiliares mais próximos transformaram seus gabinetes em Brasília, a poucos metros de onde despacha o ministro da Justiça, numa central de solução de problemas de amigos, familiares, aliados e até de escritórios de advocacia com interesses no ministério.
Os auxiliares de Tuma Júnior que mais aparecem nas gravações telefônicas são o policial federal Paulo Guilherme Mello, braço direito do secretário no Ministério da Justiça, e o delegado da PF Luciano Pestana Barbosa, diretor do Departamento de Estrangeiros, um dos principais órgãos da Secretaria Nacional de Justiça. Paulo Mello era alvo da PF desde o começo da investigação, aberta inicialmente para apurar fraudes na emissão de passaportes.
Em conversas com o próprio Tuma Júnior, Mello aparece pedindo ajuda do chefe para obter sucesso num processo, em tramitação na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em que tenta indenização para seu pai por supostos danos no período do regime militar. "Manda os caras (da Comissão de Anistia) tomar no c., Romeu.
Não querem dar essa bosta aí. Sai pra todo mundo, até pra índio sai. Sai para cara do Araguaia (refere-se à guerrilha do Araguaia) que nem apareceu... Meu pai ficou dezesseis anos afastado... Dos dezesseis anos que ele ficou parado, ele não recebeu nada por isso", diz Mello a Tuma Júnior. "Deixa que eu vou ver, fica frio", responde o secretário.
Passaportes.
A PF gravou ainda ligações em que Mello, segundo os investigadores, faz suposta intermediação de pagamento de propina entre comerciante e um delegado da Polícia Civil de São Paulo. "Oh meu, tá faltando o azeite lá em casa, tá? Só pra te lembrar", diz o delegado a Mello, que em seguida se encarrega de ligar para o comerciante e avisa: "Ele (o delegado) tá cobrando o azeite dele lá."
Pelo serviço vip de emissão de passaportes, Mello chegou a ser indiciado pela PF por tráfico de influência. Um dos "clientes" de Mello é Wanderley Nunes, cabeleireiro de personalidades como a primeira-dama Marisa Letícia.
Mais vagabundagens
Um comentário:
E, sempre, tudo as nossas custas, os otários pagadores de impostos. Por isso que os vassalos bolsistas dependentes adoram o "homo pinguçus garanhensis" elle é canastrão, bem ao estilo desse povinho de merda que só quer levar vantagem em tudo. Por sorte a criatura inventada por elle é demasiadamente burra e talvez não consiga enganar a todos o tempo todo!
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