"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 25, 2010

COMO PREPARAR E SERVIR UM EMBARAÇO MUNDIAL.


Uma das grandes ambições do atual governo é colocar o Brasil definitivamente entre os protagonistas mundiais. De fato, os brasileiros merecem.

A assinatura do acordo do Irã seria o passaporte para este mundo de poderosos. Mas, manipulada tanto pelos EUA como pelo Irã, a diplomacia petista só não se deu conta de que o país acabaria atuando no papel principal de uma comédia armada.

Coloque em um caldeirão grandes doses de megalomania e um montante de vaidade. Junte com um pouquinho de boa intenção e um pacote grande de ingenuidade.
Adicione a necessidade de aplausos.
Não se esqueça de incluir uma protoditadura de terceiro mundo e a retórica esquerdista a la anos 60.
Deixe esquentar e misture bem.

Tempere com bastante soberba.
Pronto, já está servido ao mundo um perfeito embaraço internacional. Conduzido por cozinheiros como o chanceler Celso Amorim e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e com o aval "secreto" do chef Barack Obama, o aprendiz Lula levou o Brasil a servir o maior constrangimento de sua história diplomática.


Em busca da paz mundial, fechou um acordo com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad.

Apresentado em meio a slogans para ser eterno, o trato não resistiu a um dia sequer de realpolitik.


No dia seguinte, o choque. Desconfiado do Irã, Obama tinha abandonado o barco, que começara a naufragar. A secretária de Estado americano, Hillary Clinton, até elogiou a atitude do Brasil, e coisa e tal.

Mas anunciou sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU.
Aconteceu o que o Brasil queria evitar. A esperança verde-amarelo era de que China e Rússia rechaçassem a proposta de Hillary, pois, em tese, eram "nossos amigos".

Pura ilusão.
Todos os grandes fecharam com os EUA. Até nossos hermanos mexicanos preferiram seguir a orientação do Norte.
Foi como se o governo de Obama dissesse ao Brasil e à Turquia: "Pronto, meninos, agora saiam do tanque de areia para que nós, os grandes, possamos brincar".


Ficou a incômoda impressão de que Lula agiu como garoto de recados de Obama, que mudou de ideia mais tarde.
Haja brejeirice


Pauta em Ponto : Íntegra...

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