Um dia depois da decisão do Banco Central de dar uma “paulada” na taxa de juros básicos (Selic), que subiu de 8,75% para 9,50% ao ano, o que deve atrair uma enxurrada de dólares para o país, o Ministério da Fazenda anunciou que antecipará as compras da moeda norte-americana para o pagamento de parte da dívida externa.
O objetivo é enxugar o excesso de recursos estrangeiros no mercado e, dessa forma, conter a valorização do real, que se tornou um empecilho para as exportações brasileiras.
No limite, o Tesouro Nacional poderá arrematar até US$ 22,4 bilhões, total de débitos e juros que terão de ser pagos nos próximos dois anos — a liberdade para adiantar as aquisições de dólares foi dada recentemente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), justamente para facilitar as intervenções no mercado de câmbio.
Cofre a favor de Dilma
A gastança desenfreada do governo para estimular o crescimento da economia e, com isso, incrementar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República está provocando forte deterioração nas contas públicas.
Dados do Tesouro Nacional mostram que, entre janeiro e março deste ano, a economia para o pagamento de juros da dívida pública(superavit primário) somou apenas R$ 8,2 bilhões, mesmo com a arrecadação batendo recordes consecutivos, graças ao desempenho excepcional da economia.
O que mais assustou foi o fato de esse resultado ter sido inferior aos R$ 9,5 bilhões poupados nos primeiros três meses do ano passado, quando o país estava atolado na recessão e as receitas com impostos desabaram.
Em março, especificamente, o governo central (Tesouro Nacional, Banco
demanda, facilitando o aumento de preços aos consumidores — ou seja, incrementa a inflação. (LO)
Matéria completa : Tesouro vai comprar US$ 22 bi
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