"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 05, 2010

CORRUPÇÃO NA FAZENDA.

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Deco Bancillon
Órgão que abriga as principais áreas técnicas do governo, o Ministério da Fazenda se transformou no campeão em irregularidades no serviço público.
Relatório produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostra
que a Pasta comandada por Guido Mantega lidera, com 109, o ranking de 231 autoridades demitidas por improbidade administrativa, corrupção, descaso no trabalho e recebimento de propina.

De cada 10 defenestrados por mau exemplo na Esplanada dos Ministérios, quatro são servidores da Fazenda.

Os números liberados pela CGU pegam todas as demissões de chefões da Esplanada ao longo do governo Lula — janeiro de 2003 a fevereiro deste ano.
E o que se vê é um quadro alarmante na Fazenda, órgão que deveria servir de exemplo por administrar todo o dinheiro pago pelos contribuintes em forma de impostos.

A Pasta de Mantega abriga as secretarias da Receita Federal e do Tesouro Nacional, além do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e de autarquias que regulam e fiscalizam áreas de grande conflito de interesses, como o setor de seguros, por meio da Superintendência de Seguros Privados (Susep), e o mercado de capitais, com a Comissão de Valores Mobiliários . (CVM).

Outro órgão estratégico é a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que lida com o contencioso tributário.

Avanço na punição

Apesar de ser assustador, o fato de 109 funcionários do alto escalão da Pasta comandada por Mantega terem sido demitidos no governo Lula por irregularidades, a CGU vê a situação como positiva.

Quando envolve dano ao erário, são tomadas providências para o ressarcimento público.

Cortes na cúpula

No total, 231 funcionários públicos perderam o cargo na Esplanada dos Ministérios em pouco mais de sete anos.

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