Victor Martins
Março registrou inflação recorde para a população de baixa renda. O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1), que mede o custo de vida entre as famílias com renda mensal de até R$ 1.275, atingiu 1,4%, patamar sem precedente desde 2004, início da série histórica da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A culpa de taxa tão elevada foi dos alimentos, que, em média, consomem 80% do orçamento dessa parcela da população e, nas últimas semanas, vêm em trajetória de encarecimento. O vilão da vez foi o feijão carioquinha, cujos preços aumentaram 8,46%.
Somente nos primeiros três meses do ano, a inflação dos alimentos atingiu 6,05% para as famílias de baixa renda e, segundo especialistas, além do excesso de chuvas, os reajustes podem estar sendo causados por excesso de demanda.
Constatamos aumentos nos preços do feijão, do leite e das carnes, principalmente as de segunda, que são as mais consumidas.
Todos esses produtos estão sendo muito mais procurados pelo consumidor, resultando em uma demanda maior que a oferta, afirmou Braz.
O economista Eduardo Otero, da corretora Um Investimento, seguiu na mesma linha de raciocínio. A piora da inflação tem sido contínua. Por conta desses resultados recentes, podemos dizer que há sim pressão pelo lado da demanda.
Principalmente da parte de serviços e de alimentação, assinalou. Na cesta de produtos da baixa renda, além do feijão carioquinha, o tomate, com alta de 47,85%, apareceu mais uma vez entre os que mais contribuíram para a taxa recorde. Já o leite tipo longa-vida, importante item na mesa do brasileiro, ficou 8,16% mais caro. O quilo da cebola subiu 12,48%
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A culpa de taxa tão elevada foi dos alimentos, que, em média, consomem 80% do orçamento dessa parcela da população e, nas últimas semanas, vêm em trajetória de encarecimento. O vilão da vez foi o feijão carioquinha, cujos preços aumentaram 8,46%.
Somente nos primeiros três meses do ano, a inflação dos alimentos atingiu 6,05% para as famílias de baixa renda e, segundo especialistas, além do excesso de chuvas, os reajustes podem estar sendo causados por excesso de demanda.
Constatamos aumentos nos preços do feijão, do leite e das carnes, principalmente as de segunda, que são as mais consumidas.
Todos esses produtos estão sendo muito mais procurados pelo consumidor, resultando em uma demanda maior que a oferta, afirmou Braz.
O economista Eduardo Otero, da corretora Um Investimento, seguiu na mesma linha de raciocínio. A piora da inflação tem sido contínua. Por conta desses resultados recentes, podemos dizer que há sim pressão pelo lado da demanda.
Principalmente da parte de serviços e de alimentação, assinalou. Na cesta de produtos da baixa renda, além do feijão carioquinha, o tomate, com alta de 47,85%, apareceu mais uma vez entre os que mais contribuíram para a taxa recorde. Já o leite tipo longa-vida, importante item na mesa do brasileiro, ficou 8,16% mais caro. O quilo da cebola subiu 12,48%
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