"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 22, 2010

ROYALTIES: 197 DOS 5.563 MUNICÍPIOS TERIAM PERDAS.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5l47oxecaH8T_zT7uF3kQStCVHFE0vlnO2Gh8qSaVvLIoNapwadvwpsFl_q2ND0R4xNOXuBmuluTW8jQGNKY-fpAnDEOQutPzTKfYZ9RrigLdUivDQ5bbZvPhK-nyRCOtXZns4tVE9Fw/s320/municipios1.gif

Em discussão no Congresso Nacional, a polêmica regra que altera a distribuição de royalties e participações especiais, benefícios pagos à União, Estados e municípios como compensação por danos ambientais e sociais, prejudicaria, se estivesse em vigor, apenas 3,67% das cidades brasileiras, o que equivale a 197 dos 5.563 municípios do País.

O protesto dos governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, maiores prejudicados com a alteração dos critérios da partilha é, de acordo com levantamento técnico do CNM, numericamente justificável.

Eles teriam cerca de 95% e 63% de baixa na arrecadação estadual, respectivamente, caso se consolide a mudança na distribuição dos royalties e das participações especiais.

Entre os municípios do Rio de Janeiro, o prejuízo financeiro chegaria a consideráveis 90 cidades.

Apenas Campos dos Goytacazes a maior beneficiária dos royalties no Estado passaria de benefícios garantidos da ordem de R$ 880,16 milhões para uma folha de R$ 3,08 milhões.

Se as cidades brasileiras de Fortaleza, Goiânia e Belo Horizonte, que estão entre as mais desiguais do mundo, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), forem beneficiadas com a mudança na divisão dos benefícios do petróleo, elas multiplicariam por, no mínimo, dez vezes os recursos que recebem de royalties e participações especiais.

Conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com dados de 2008, Fortaleza passaria de uma arrecadação de R$ 9,32 milhões para R$ 65,29 milhões.

No caso da capital mineira, a alta seria de R$ 3,33 milhões para R$ 30,88 milhões, ao passo que em Goiânia o volume de recursos passaria de R$ 2,00 milhões para R$ 18,53 milhões.

Pelo modelo atual, os royalties têm em geral alíquotas que variam de 5% a 10% do valor da produção de petróleo, podendo atingir patamares menores que 5% em casos de alta dificuldade para a exploração do insumo.
Continua : Briga na Justiça

Nenhum comentário: