Reconstruindo a verdade, desmontando uma farsa :
Enfim, um pronunciamento de nível, uma demonstração de competência, seriedade e principalmente respeito com a história.
Os virulentos e mentirosos, Ciro, Lula e Dilma, respectivamente, transformam o debate e as idéias em meros coadjuvantes, privelegiando os ataques chulos e desonestos. Parabéns José Serra.
Enfim, um pronunciamento de nível, uma demonstração de competência, seriedade e principalmente respeito com a história.
Os virulentos e mentirosos, Ciro, Lula e Dilma, respectivamente, transformam o debate e as idéias em meros coadjuvantes, privelegiando os ataques chulos e desonestos. Parabéns José Serra.
TRECHOS DO DISCURSO DE JOSÉ SERRA
NO CONGRESSO
NOVA REPÚBLICA
"Esta Nova República, da qual Tancredo Neves foi um dos principiais, se não o principal fundador, completa neste mês de março 25 anos, precisamente quando Tancredo deveria tomar posse, no dia 15 de março.
Eu tenho afirmado que este período, estes 25 anos tratam da História do Brasil como, na verdade, o período em que conteve o maior número de conquistas de indiscutível qualidade política e de qualidade humana.
Em primeiro lugar, o País nunca havia conhecido um quarto de século ininterrupto de democracia de massas."
INFLAÇÃO
"A Nova República teve seus dissabores. Ao contrário da fase recente de estabilidade, boa parte dos últimos 25 anos se desenrolou sob o signo da superinflação, com agravamento dos conflitos distributivos a eles associados.
E não faltaram, depois, grandes crises financeiras mundiais:
1994 -1995, 1997-1998 e 2007-2008, a maior desde 1929.
Ficamos, ainda, muitos anos sem crescimento econômico sustentado. Não faltaram reveses sérios, que, em outras épocas, teriam abalado as instituições.
Lembro-me da frustração do Plano Cruzado e dos numerosos planos que se sucederam, alguns com medidas draconianas, como o confisco da poupança.
ALTERNÂNCIA DE PODER
Não obstante tudo isso, a Nova República, fundada por Tancredo, conseguiu completar com normalidade uma conquista que permaneceu fora do alcance dos regimes do passado:
a alternância tranquila no Poder de forças político-partidárias antagônicas, que, no passado, provocava sempre a polarização e a radicalização na sociedade brasileira, como aconteceu, por exemplo, em 1954-1955, e, com consequências mais graves, de 1961 a 1964.
Mas, neste último quarto de século, a alternância passou a fazer parte das conquistas adquiridas.
Já ninguém mais contesta a legitimidade das vitórias eleitorais e do natural desejo dos adversários vitoriosos de governar sem perturbações.
DÍVIDA
Pois bem, o período de um quarto de século da Nova República, sem repressão, sem poderes especiais, conseguiu finalmente derrubar a superinflação.
Fez mais:
resolveu o problema persistente da dívida externa, herdado, e até deu começo a uma retomada promissora do crescimento econômico e à expansão do acesso das camadas de rendimento modesto ao crédito e ao consumo, inclusive de bens duráveis.
Mas duas observações acautelatórias se impõem a esta altura.
A primeira é que as conquistas da segunda redemocratização não foram resultado de milagres instantâneos, custaram esforços enormes e, com frequência, só se deram depois de muitas tentativas e erros.
É por isso que o período tem de ser analisado na sua integridade, êxitos e fracassos juntos, já que esses são partes inseparáveis do processo de aprendizagem coletiva, para o qual contribuíram numerosos dirigentes e cidadãos numa linha de continuidade, não de negação e de ruptura.
Por exemplo, o Plano Real não teria acontecido não fossem as experiências com os planos anteriores.
A segunda reflexão acautelatória é que nenhuma conquista é definitiva, nenhum progresso no Brasil e no mundo é garantido e irreversível.
Assim como não somos escravos dos erros do passado, tampouco devemos crer que a eventual sabedoria dos acertos de ontem e de hoje se repetirá invariavelmente hoje e amanhã.
NO CONGRESSO
NOVA REPÚBLICA
"Esta Nova República, da qual Tancredo Neves foi um dos principiais, se não o principal fundador, completa neste mês de março 25 anos, precisamente quando Tancredo deveria tomar posse, no dia 15 de março.
Eu tenho afirmado que este período, estes 25 anos tratam da História do Brasil como, na verdade, o período em que conteve o maior número de conquistas de indiscutível qualidade política e de qualidade humana.
Em primeiro lugar, o País nunca havia conhecido um quarto de século ininterrupto de democracia de massas."
INFLAÇÃO
"A Nova República teve seus dissabores. Ao contrário da fase recente de estabilidade, boa parte dos últimos 25 anos se desenrolou sob o signo da superinflação, com agravamento dos conflitos distributivos a eles associados.
E não faltaram, depois, grandes crises financeiras mundiais:
1994 -1995, 1997-1998 e 2007-2008, a maior desde 1929.
Ficamos, ainda, muitos anos sem crescimento econômico sustentado. Não faltaram reveses sérios, que, em outras épocas, teriam abalado as instituições.
Lembro-me da frustração do Plano Cruzado e dos numerosos planos que se sucederam, alguns com medidas draconianas, como o confisco da poupança.
ALTERNÂNCIA DE PODER
Não obstante tudo isso, a Nova República, fundada por Tancredo, conseguiu completar com normalidade uma conquista que permaneceu fora do alcance dos regimes do passado:
a alternância tranquila no Poder de forças político-partidárias antagônicas, que, no passado, provocava sempre a polarização e a radicalização na sociedade brasileira, como aconteceu, por exemplo, em 1954-1955, e, com consequências mais graves, de 1961 a 1964.
Mas, neste último quarto de século, a alternância passou a fazer parte das conquistas adquiridas.
Já ninguém mais contesta a legitimidade das vitórias eleitorais e do natural desejo dos adversários vitoriosos de governar sem perturbações.
DÍVIDA
Pois bem, o período de um quarto de século da Nova República, sem repressão, sem poderes especiais, conseguiu finalmente derrubar a superinflação.
Fez mais:
resolveu o problema persistente da dívida externa, herdado, e até deu começo a uma retomada promissora do crescimento econômico e à expansão do acesso das camadas de rendimento modesto ao crédito e ao consumo, inclusive de bens duráveis.
Mas duas observações acautelatórias se impõem a esta altura.
A primeira é que as conquistas da segunda redemocratização não foram resultado de milagres instantâneos, custaram esforços enormes e, com frequência, só se deram depois de muitas tentativas e erros.
É por isso que o período tem de ser analisado na sua integridade, êxitos e fracassos juntos, já que esses são partes inseparáveis do processo de aprendizagem coletiva, para o qual contribuíram numerosos dirigentes e cidadãos numa linha de continuidade, não de negação e de ruptura.
Por exemplo, o Plano Real não teria acontecido não fossem as experiências com os planos anteriores.
A segunda reflexão acautelatória é que nenhuma conquista é definitiva, nenhum progresso no Brasil e no mundo é garantido e irreversível.
Assim como não somos escravos dos erros do passado, tampouco devemos crer que a eventual sabedoria dos acertos de ontem e de hoje se repetirá invariavelmente hoje e amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário