
A safra recorde de 65,1 milhões de toneladas de soja vai agravar a  situação do já caótico sistema logístico nacional, informa Agnaldo  Brito.
O Estado  limita a produção por falta de porto.   
O Ministério da Agricultura e a CNA, confederação dos agricultores,  calculam que a fronteira agrícola deixa de produzir 3 milhões de  toneladas devido ao apagão portuário. O país perde o equivalente a US$ 1  bilhão. 
O terminal do porto de Itaqui, no Maranhão, chave para o escoamento da  produção, está atrasado há três anos e fica pronto apenas em 2012.  Despesas crescem porque as safras são embarcadas a 3.000 quilômetros de  distância. 
O ministério estima que 20 milhões de toneladas de grãos produzidas no  país são desviadas para portos muito mais distantes do que sugere  qualquer planejamento logístico, situação que afeta em cheio a renda do  produtor rural e realimenta um paradoxo que tem se tornado recorrente no  setor agrícola: 
a renegociação de dívidas por falta de renda. 
A Folha percorreu 2.000 quilômetros no Maranhão. De acordo com  Pedro Brito, ministro da Secretaria Especial de Portos, no Brasil não  existe apagão. 
Os custos, segundo ele, se assemelham aos da Europa. 

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