![]()  | 
Carolina Eloy, Jornal do Brasil
A  preocupação com as divisas territoriais ganhou corpo após o anúncio da  descoberta de reservas de petróleo e gás na camada de pré-sal, em  novembro de 2007. Nos dois anos seguintes, os recursos destinados ao  Ministério da Defesa foram ampliados em 45,64%. 
 
Segundo especialistas, houve antecipação de encomendas com o objetivo de manter a soberania nacional frente aos novos recursos naturais.
Mesmo assim, os valores para a compra e renovação de equipamentos militares representaram apenas 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009.
A camada pré-sal engloba  as bacias do Espírito Santo, Campos (Rio) e Santos (SP). Conforme  estimativas, a reserva pode conter 100 bilhões de boe (barris de óleo  equivalente), o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores  do mundo. 
O aporte para a  Defesa Nacional somaram R$ 4,79 bilhões no ano passado, montante 37,05%  superior aos R$ 3,495 bilhões de 2008 e 45,64% maior que os R$ 3,289  bilhões de 2007.
 Esses valores incluem  investimentos feitos pela  Marinha, Exército e Aeronáutica e pela administração central do  Ministério da Defesa.
Manuel  Nabais da Furriela, coordenador do Curso de Relações Internacionais da  Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), diz que no texto do Projeto de  Defesa Nacional, consta proteção a recursos naturais, o que inclui os  marítimos – muito valorizados atualmente.
Seria ideal para o Brasil se os  investimentos em renovação dos equipamentos militares chegasse a 2% do  PIB, avalia Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo  da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e  Segurança (Abimde).
Projetos
Entre os principais projetos  do governo brasileiro na área de Defesa, estão a construção no Brasil de  quatro submarinos convencionais e um submarino à propulsão nuclear  (custo de 4,324 bilhões de euros ou R$ 12,1 bilhões).
Está em fase  de análise a concorrência para a compra dos 36 caças que renovarão a  frota da Força Aérea Brasileira (FAB) e a construção de 50 helicópteros  EC-725 (custo de 1,847 bilhão de euros ou R$ 5,1 bilhões) pela empresa  brasileira Helibrás – associada ao grupo francês Eurocopter – que  servirão Exército, Marinha e Aeronáutica.
A construção dos  submarinos e dos helicópteros será feita no Brasil, com transferência de  tecnologia, conforme acordo de parceria estratégica assinado em  dezembro de 2008 pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva,  e da França, Nicolas Sarkozy.


Nenhum comentário:
Postar um comentário