As empresas brasileiras estão enfrentando um inimigo silencioso e traiçoeiro, que está, como admitem os próprios gestores, em plena expansão: os crimes econômicos.
Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers mostra que, no Brasil, cerca de um quarto das grandes corporações (24%) tiveram que lidar com esse tipo de situação nos últimos 12 meses.
Pior: para quase um terço (27%) dos entrevistados, o problema aumenta e envolve, cada vez mais, pessoas que ocupam cargos de chefia.
A questão é realmente séria e está atingindo o coração dos grandes grupos no país: as finanças.
Para 13% das organizações, as infrações resultaram em perdas superiores a US$ 1 milhão, enquanto que para 80% o prejuízo foi de até US$ 1 milhão.
Em todo o planeta, mas principalmente nos países que formam o Bric (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e China, as economias emergentes mais promissoras no momento), os crimes econômicos que resultam em dano superior a US$ 1 milhão para as empresas afetam parcela maior: 17% no mundo e 25% no Bric.
Infrações
A pesquisa mostra que o tipo de crime mais comum em todo o mundo, incluindo o Brasil, é o roubo de ativos, isto é, de itens do patrimônio da companhia, como grampeador, calculadora e até bens de maior valor, como notebooks.
“Embora mais corriqueiro, esse tipo de violação tem uma relevância financeira mais baixa para a empresa”, analisou Flávia.
De acordo com o estudo, o segundo tipo de crime mais habitual é a fraude contábil. “Esse crime pressupõe a manipulação de resultados.
Portanto, envolve valores mais altos e pode representar, inclusive, prejuízo para os acionistas”, disse ela.
Por isso mesmo, as fraudes contábeis requerem o envolvimento de funcionários mais graduados, chegando mesmo à alta administração. “São pessoas que têm o poder de decisão
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