Não há limites para a criatividade dos que se empenham em lesar os cofres públicos. Um esquema minucioso foi montado na Câmara dos Deputados para fraudar a folha de pagamento da Casa.
Um grupo de servidores falsificou documentos, contratou funcionários fantasmas e se aliou a escolas do Distrito Federal para abocanhar, de uma só vez, os salários, auxílios-creche e vales-transportes de servidores que, na prática, não trabalhavam.
O caso está sob investigação da Polícia Legislativa e será levado à Justiça Federal.
Calcula-se que pelo menos R$ 1,5 milhão tenha sido desviado pelos supostos estelionatários. Até agora, 67 pessoas foram indiciadas.
São apontados como cabeças do esquema o ex-motorista do deputado Sandro Mabel (PR-GO), Francisco José Feijão, e sua esposa, Abgail Pereira da Silva, que trabalhou por três anos no gabinete de Raymundo Veloso (PMDB-BA).
Ambos foram exonerados após a descoberta do caso.
As investigações foram deflagradas em agosto do ano passado e, em novembro, o site Congresso em foco divulgou pela primeira vez o escândalo.
A Câmara ainda não encerrou as investigações.
Entre os 67 indiciamentos feitos até agora, há funcionários que respondem por estelionato, crime continuado e até formação de quadrilha, caso de Abgail e o marido.
Francisco e Abgail procuravam famílias carentes do Entrono do DF e ofereciam o pagamento de benefícios sociais para cada filho que essas pessoas tivessem.
Para isso, o casal exigia a entrega de diversos documentos pessoais, inclusive das crianças, e comprovantes de residência, por exemplo
(veja infografia).
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