"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 12, 2013

Vendas no varejo crescem 0,2% e ficam abaixo do esperado



Próximo do final do ano, as vendas do comércio varejista perderam fôlego e cresceram 0,2% em outubro na comparação com setembro diante da alta da inflação e do menor dinamismo dos supermercados.

O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (12), é inferior ao obtido em meses anteriores. Também veio abaixo do esperado pelos analistas, que previam avanço de 0,5%.

Apesar do cenário adverso para o consumo, com juros mais altos, crédito restrito e inadimplência elevada, o desempenho do varejo vinha surpreendendo nos últimos meses o avanço de outubro é o oitavo seguido. 

 
Isso ocorreu mesmo que o setor tenha registrado desaceleração já em setembro.
Em agosto, a expansão havia sido de 0,9% num ritmo tido como forte. 
Já em setembro, a taxa cedeu para uma alta moderada de 0,5%.
Ainda que o varejo não mostre o mesmo dinamismo de anos anteriores, o setor segue em crescimento na comparação com 2012. 
Em relação a outubro daquele ano, a alta ficou em 5,3%.

Já no acumulado do ano até outubro, a taxa foi de 4%. 
Em 12 meses, o comércio registrou um crescimento de 4,5% e deve fechar o ano em ritmo semelhante, segundo analistas. 
As projeções apontam para um avanço entre 4,5% e 5%.

SETORES

De setembro para outubro, os setores que mais contribuíram para a expansão das vendas do varejo foram combustíveis (alta de 0,6%), 
equipamentos de informática e comunicação (3%) 
e outros artigos de uso pessoal e domestico (1,2%).

Já as queda de maior impacto veio de supermercado e demais lojas de alimentos e bebidas com retração de 0,4%. O setor sofreu com o repique da inflação de alimentos naquele mês, após um período de reajustes mais moderados.

O mesmo ocorreu com as vendas de artigos de vestuário, que caíram 0,4% diante dos preços maiores da nova coleção de verão.

Outra contribuição negativa foi o recuo de 0,2 % no ramo de móveis e eletrodomésticos, sob impacto do fim ou redução do desconto de IPI para os produtos do setor. 


PEDRO SOARES/Folha

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