A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,57% em outubro, ficando 0,22 ponto percentual acima da taxa verificada em setembro, de 0,35%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,38% e em 12 meses, de 5,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta em outubro, de 0,57%, é a maior desde fevereiro de 2013, quando a taxa havia ficado em 0,60%. Desde fevereiro, a inflação vinha se mantendo abaixo do patamar de 0,60%, chegando próxima a zero em julho. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,53% e 0,64%, e abaixo da mediana, de 0,60%
Em outubro, o tomate voltou a liderar a alta da inflação, com o aumento de 18,65% nos preços. No Rio de Janeiro, o tomate subiu 52,69%. Entre os principais impactos individuais no IPCA, porém, aparece no topo do ranking o item carnes, que deteve 0,08 ponto percentual do indicador.
O grupo de alimentação e bebidas foi responsável pelo maior impacto no IPCA de outubro. A alta dessa classe foi de 1,03%, ante 0,14% no mês de setembro. Com isso, a contribuição ficou em 0,25 ponto porcentual dos 0,57% de alta do IPCA. O avanço do grupo Vestuários foi maior (1,13%), mas o impacto final no IPCA foi de 0,07 ponto porcentual.
Entre os grupos, o segundo maior impacto veio da Habitação, com 0,08 ponto porcentual, apesar da desaceleração na passagem do mês, para 0,56% (ante 0,62%). Também aceleraram em outubro os preços de artigos de residência (de 0,65% em setembro para 0,81% em outubro), despesas pessoais (de 0,20% para 0,43%) e comunicação (-0,04% para 0,08%). Na contramão, tiveram recuo na taxa os grupos transportes (0,44% para 0,17%), saúde e cuidados pessoais (0,46% para 0,39%) e educação (0,12% para 0,09%).
Preços livres
A consultoria Rosenberg & Associados faz a divisão do IPCA entre os preços administrados pelo governo e os preços livre. No grupo de itens com preços livres, o ritmo de alta se intensificou e atingiu 0,7%, contra 0,41% em setembro. Foi a maior taxa desde fevereiro deste ano, quando os preços livres haviam subido 1,13%. Quanto aos preços administrados, a Rosenberg informou que houve suave desaceleração, com a taxa passando de 0,16% em setembro para 0,14% no mês passado.
Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios
(Com Idiana Tomazelli e Maria Regina Silva , da Agência Estado)
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