A balança comercial brasileira registrou déficit de 186 milhões de dólares em novembro. O saldo negativo decorre de exportações que somaram 20,47 bilhões de dólares e importações de 20,65 bilhões de dólares. Segundo a série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o resultado de novembro é o pior para o mês desde 2000.
Apenas na quinta semana de novembro, o déficit foi de 553 milhões de dólares, com vendas externas de 4,66 bilhões de dólares e compras de importados de 5,21 bilhões de dólares.
Superávit em 2012
– No acumulado do ano, o superávit comercial é de 17,18 bilhões de dólares, 33,9% menor que o resultado apurado entre janeiro e novembro de 2011. Os envios ao exterior somam 222,83 bilhões de dólares, o que significa uma queda de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações totalizam no ano 205,64 bilhões de dólares, com retração de 1,1% ante os onze primeiros meses de 2011.
Manufaturados – Em novembro, as exportações de produtos manufaturados registraram valor recorde para o mês, de 8,25 bilhões de dólares. Segundo o MDIC, a média diária de exportação deste tipo de produto cresceu 5% em relação a novembro de 2011, enquanto que as vendas de produtos básicos ao exterior tiveram queda de 12% e as de semimanufaturados caíram 14%.
No grupo de manufaturados, os envios foram puxados por plataforma para exploração de petróleo, óleos combustíveis, aviões, laminados planos, açúcar refinado, etanol e bombas e compressores. Nos básicos, os destaques foram as vendas de soja em grãos, café em grãos, minério de ferro, fumo em folhas, carne de frango e algodão bruto. No grupo de semimanufaturados, a retração foi puxada por óleo de soja bruto, alumínio bruto, ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, açúcar bruto e celulose.
Nas importações, houve aumento de 32,1% nas compras de combustíveis e lubrificantes em relação a novembro de 2011. Por outro lado, tiveram queda as importações de bens de consumo (17,1%), bens de capital (11,5%) e matérias primas e intermediários (4,9%). Segundo o MDIC, no setor de bens de consumo, as principais quedas foram de automóveis de passageiros, móveis, máquinas de uso doméstico, bebidas e tabaco e produtos farmacêuticos. Nos bens de capital, apresentaram queda as importações de maquinaria industrial, máquinas e aparelhos de escritório e equipamento móvel de transporte.
(com Estadão Conteúdo)
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