O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou no intervalo da sessão desta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) há provas para a condenação do ex-ministro José Dirceu.
Ele foi questionado sobre o fato de ter considerado as provas contra o petista tênues:
- Na verdade, o que eu tenho dito sempre é que não se pode exigir em relação a ele o mesmo tipo de prova direta que nós temos em relação a algumas outras pessoas, mas é uma prova indiciária, abundante, torrencial mesmo, e que respalda integralmente a acusação feita no sentido de que ele é o chefe da quadrilha - disse o procurador. - Por exemplo, um batedor de carteira é ato direto. É diferente quando se fala de crime organizado.
O procurador concedeu entrevista no momento que ele, e outros ministros, participaram de um ato de plantio de árvores no Bosque dos Ministros, uma tradição na Casa desde 2000. Gurgel plantou uma muda de sucupira branca, mas preferia ter plantado um pau-brasil, "por causa do mensalão", mas que não teria sido possível.
- Quem sabe assim estamos plantando novos tempos na política no Brasil - disse.
O procurador também comentou a possibilidade de acontecer empate na votação dos ministros no julgamento de algum réu, em alguma das acusações. Nesses casos, ele reforçou que deve prevaler a posição do presidente da Corte, Ayres Britto.
- Há uma previsão no regimento que nesse caso prevalece a posição do presidente - afirmou Gurgel.
Um dos casos em que pode ter empate é na acusação contra José Borba por lavagem de dinheiro. O placar da votação está em 5 a 4 pela absolvição, antes da votação de Ayres Britto, o que pode levar ao empate.
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