O superávit da balança comercial brasileira em setembro totalizou US$ 2,557 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O resultado representa uma queda de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações em setembro somaram US$ 19,999 bilhões, com média diária de US$ 1,052 bilhão. As importações somaram US$ 17,442 bilhões, com média diária de US$ 918 milhões.
De acordo com o MDIC, pela média diária as exportações tiveram queda de 5,1% em relação a setembro de 2011 e as importações recuaram 4,6% no mesmo período.
Na quarta semana de setembro, o superávit foi de US$ 429 milhões, resultado de vendas externas de US$ 4,977 bilhões e importações de US$ 4,548 bilhões.
Acumulado
As exportações somam no acumulado do ano US$ 180,597 bilhões, com média diária de US$ 955,5 milhões. As importações totalizam no período US$ 164,870 bilhões, com média diária de US$ 872,3 milhões.
Os dados mostram que as vendas externas registram uma queda de 4,9% nos nove primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2011, enquanto as importações recuaram 1,2% na mesma base de comparação.
Veículos
A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, disse que a queda de 32% nas importações de automóveis em setembro se deve em parte ao esgotamento da cota de importação de veículos do México prevista no acordo automotivo bilateral e que dá isenção de Imposto de Importação.
Além do México, caíram as importações de automóveis também da Coreia do Sul, China e Alemanha. No ano, as importações de veículos registraram queda de 14,2% em relação aos nove primeiros meses de 2011.
Expectativas
Tatiana disse que espera que as exportações fechem este ano no mesmo patamar de 2011. "Uma ligeira queda é possível, mas trabalhamos com o mesmo patamar", disse ao comentar os dados da balança comercial brasileira até setembro.
Ela destacou que no mês passado, pela segunda vez no ano, a média diária das vendas externas superou R$ 1 bilhão. Esse resultado só havia sido registrado em maio. A secretária atribuiu parte da recuperação nas vendas externas em setembro ao fim da greve da Anvisa e ao enfraquecimento da paralisação dos auditores da Receita.
Tatiana disse que é preciso esperar o fim da operação padrão do Fisco para analisar se ainda haverá efeito na recuperação das exportações ou se o resultado das vendas é em função do cenário de crise internacional.
"A nossa perspectiva é de mantermos US$ 1 bilhão de média diária, mas não pretendemos fazer uma projeção para exportação para o próximo trimestre", afirmou.
Renata Veríssimo, da Agência Estado
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