"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 27, 2012

No Brasil(maravilha), metade das empresas não chega ao terceiro ano


Em qualquer país, em qualquer conjuntura econômica, o estímulo ao empreendedorismo e ao fortalecimento das empresas é sempre citado como política necessária ao desenvolvimento.

É um dos desafios do momento na Europa, é um dos trunfos do crescimento chinês – repleto de práticas nocivas a outros mercados, é verdade – e pontua também os debates sobre quem seria o melhor presidente para colocar a economia dos Estados Unidos novamente nos trilhos, às vésperas das eleições americanas.

Apesar de amplamente discutida também no Brasil, a capacidade do país como nascedouro de novos negócios ainda é limitada, e configura uma das amarras para que o setor privado contribua para o crescimento do país como poderia.

Uma das conclusões da pesquisa Demografia das Empresas Brasileiras 2010, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira, confirma o que a percepção de empresários e especialistas do setor privado já indicava: metade das empresas fundadas no país não resiste ao terceiro ano, e sucumbe (principalmente à burocracia) e à carga tributária que desestimula o investimento no setor produtivo.

O levantamento mostra que do total de 464.700 empresas nascidas em 2007, apenas 51,8% sobreviviam três anos depois – e que 23,9% delas encerraram as atividades ao longo do primeiro ano de existência.

"O período é muito curto e surpreendeu a equipe da pesquisa”, destacou a analista do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, Kátia Cilene Medeiros de Carvalho. Não há um período anterior do estudo que sirva de base para comparação, mas o instituto pretende analisar o próximo triênio para verificar mudanças no cenário.

Em 2010, o Cempre registrou 4,5 milhões de empresas ativas, responsáveis por empregar 37,2 milhões de pessoas – sendo 30,8 milhões (82,9%) de assalariados e 6,4 milhões (17,1%) como proprietários ou sócios.

A taxa de entrada das empresas no mercado foi de 22,1%, o que significa que uma em cada cinco empresas existentes era nova. O saldo geral foi positivo em todo o período, registrando um número maior de entradas (abertura ou reabertura de empresas) do que de saídas (fechamento).

De 2008 para 2010, o crescimento no número total de empresas ativas foi de cerca de 11%, passando de 4.077.622 para 4.530.583. Confira a evolução em cada ano na tabela abaixo.

(Continue lendo o texto)

Tabela IBGE Empresas

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