"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 08, 2012

PF descobre contador das empresas de fachada de Cachoeira

A Polícia Federal chegou a mais um nome da teia mantida pelo contraventor Carlos Cachoeira: Rubmaier Ferreira de Carvalho, de 50 anos. Aparentemente, ele é um profissional liberal que ganha a vida fazendo cobranças em nome de empresas e pessoas.

As investigações da PF, no entanto, apontam que Carvalho seria o contador das empresas de fachadas usadas para despistar o escoamento de dinheiro da rede de corrupção do contraventor. Por essas companhias passaram mais de R$ 40 milhões entre 2010 e 2011.

Segundo reportagem da Revista Época, Carvalho tem ligações com a Brava Construções e com a Alberto & Pantoja. A maioria dos recursos movimentados pelas duas empresas, cerca de R$ 40 milhões entre 2010 e 2011, foi depositada pela Delta.

Embora tenham esse alto volume de movimentação financeira, as duas empresas não produzem e não têm funcionários. Na Receita Federal, a Brava e a Alberto & Pantoja estão estabelecidas no endereço de uma oficina mecânica.

Carvalho declarou à Época que é o responsável pela Brava no Governo do Distrito Federal e diz não ter intimidade com o dono da empresa, Alberto Ribeira da Silva. A PF diz que, no caso da Alberto & Pantoja, Carvalho é ligado a um dos sócios, Carlos Alberto de Lima.

Lima também é sócio de outras duas empresas em que foi observado o envolvimento de Carvalho: em um dos casos ele é o contador e em outros têm os telefones registrados em seu nome. Ele nega.

Investigações.

Os tentáculos da organização criminosa de Cachoeira é investigado em quatro operações da PF: a Operação Las Vegas, a investigação de jogos ilegais em Goiás, a Operação Monte Carlo e a Operação San Michel.

Em paralelo, o Ministério Público Federal (MPF) apura as suspeitas de fraudes em contratos com empresas de limpeza pública no DF e em outro Estado. Uma das citadas é a Delta.

Segundo relatório do Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, saques milionários foram feitos pela Delta e por empresas de fachada que receberam dinheiro da construtora.


Continua

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