São eles o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf;
os banqueiros Edemar Cid Ferreira e Daniel Dantas;
a irmã de Dantas, Verônica;
e Rodrigo Silveirinha, ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio e tido como responsável pelo esquema que resultou no escândalo do Propinoduto.
O banco de dados da Iniciativa de Recuperação de Ativos Roubados (StAR, na sigla em inglês) compila casos de corrupção que movimentaram a partir de US$ 1 milhão. A lista abrange mais de 150 esquemas ocorridos entre 1980 e maio do ano passado. Os casos não estão classificados em um ranking e podem ser pesquisados por ano e por países. O site não cita apenas casos em que tenha havido condenação, mas também processos em andamento.
Maluf aparece duas vezes no banco de dados. O primeiro caso se refere a um escândalo de desvio de dinheiro da Prefeitura de São Paulo. Maluf foi acusado pela procuradoria de Nova York em 2007 de desviar US$ 140 milhões por meio do Banco Safra para os EUA e, posteriormente, para paraísos fiscais. Segundo o relatório disponível no site, o dinheiro desviado do projeto de construção da Avenida Água Espraiada entre 1993 e 1996.
O outro caso citado é de um processo de 2011 e também tem relação com o escândalo da Avenida Água Espraiada. De acordo com o banco de dados, mais de US$ 10 milhões foram descobertos em nome de uma empresa que pertenceria a Paulo Maluf e a seu filho Flávio Maluf no paraíso fiscal da Ilha de Jersey.
A assessoria de imprensa de Paulo Maluf limitou-se a dizer, nesta sexta-feira, que o político não tem nem nunca teve conta no exterior.
Daniel Dantas e Verônica Dantas são citados pela suposta participação no esquema de corrupção envolvendo o Grupo Opportunity, investigado pela operação Satiagraha, da Polícia Federal, em 2008.
O Grupo Opportunity se defendeu dizendo, em nota enviado por sua assessoria de imprensa, que esse relatório é datado de 2008 e está desatualizado e que em 2008, a farsa da Satiagraha ainda não havia sido desmascarada em toda a sua extensão
Por conta de possíveis erros como esse, o Banco Mundial expressamente não garante a veracidade das informações, acrescenta o comunicado.
A reportagem do GLOBO entrou em contato com as outras pessoas citadas e está aguardando resposta.
O banqueiro Edemar Cid Ferreira aparece por causa do escândalo de suspeita de gestão fraudulenta na administração do Banco Santos, em que seus credores perderam cerca de US$ 1 bilhão aplicado.
Já Rogério Silveirinha consta como o operador do esquema de corrupção conhecido como Propinoduto. Revelado em 2002, o esquema cobrava propina de empresas em troca de benefícios fiscais. Cerca de US$ 30 milhões do Propinoduto estavam depositados em bancos suíço e foram repatriados em 2011.
O Brasil aparece em uma sexta referência, sobre uma fraude envolvendo doleiros no país descoberta em 2004 e que fez mais de US$ 20 milhões em remessas ilegais para contas bancárias em Nova York. No banco de dados, o caso aparece em nome de Maria Carolina Nolasco, uma portuguesa naturalizada americana que operava uma das contas bancárias envolvidas no caso.
O Globo
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