O segundo número da Revista Congresso em Foco que começou a circular nesta sexta-feira, revela que o Senado chegou a pagar rendimentos brutos de R$ 765 mil à servidora Sarah Abrahão, no período entre julho de 2010 e junho de 2011.
De acordo com informações da revista, apenas nesse último mês, os vencimentos da servidora totalizaram R$ 106 mil.
A revista informa que Sarah faz parte da lista de 15 supersalários do Senado e lista os dez maiores salários identificados em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), além dos rendimentos dos cinco últimos diretores e secretários-gerais do Senado.
Todos receberam, em apenas 12 meses, uma remuneração bruta entre R$ 360 mil e R$ 765 mil e embolsaram valores acima do teto constitucional do funcionalismo (R$ 26,7 mil, valor do vencimento de um ministro do Supremo Tribunal Federal ).
Em 2009, de acordo com o TCU, 464 servidores estouraram o limite imposto pela Constituição Federal na época, de R$ 24,5 mil. Naquele ano, pelo menos um quarto dos 6.816 funcionários efetivos do Congresso recebeu mais do que ganhava um ministro do STF.
A matéria revela ainda que há pagamentos acima do teto no Executivo e no Judiciário e que pelo menos 4 mil funcionários possuem remuneração superior ao teto constitucional .
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), estão entre os beneficiários. Segundo a mesma matéria, nos últimos cinco anos, a Câmara e o Senado gastaram R$ 3,3 bilhões apenas com o pagamento de salários acima do teto constitucional e outras irregularidades cometidas na folha de pessoal do Legislativo federal.
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