Para o ano, a estimativa é de um déficit de 68 bilhões de doláres, ante previsão anterior de 65 bilhões de dólares.
A autoridade monetária prevê ainda que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) ficarão em 4 bilhões de dólares neste mês, segundo a projeção do BC. Até o dia 21 de março, o IED já estava em 3,1 bilhões de dólares, disse Maciel.
De acordo com Maciel, a elevação na previsão para o ano se deve a uma estimativa de redução do superávit da balança e de um aumento de despesas na conta de serviços.
O Brasil registrou em fevereiro déficit em transações correntes de 1,766 bilhão de dólares. Em janeiro passado, o déficit em conta corrente foi o maior da série histórica do BC, iniciada em 1947: foram 7,086 bilhões de dólares.
O BC atribuiu a queda do déficit em fevereiro à melhora da balança comercial e diminuição da remessa de juros e dividendos. O país registrou superávit comercial de 1,715 bilhão de dólares em fevereiro, ante déficit de 1,292 bilhão de dólares em janeiro.
"O desempenho da balança comercial é o que responde pela maior parte desse recuo do saldo em transações correntes em fevereiro em relação a janeiro. O fluxo de remessas de lucros e dividendos mais moderado também contribuiu", afirmou Maciel.
SERVIÇOS
Segundo a autoridade monetária, o déficit de 2,769 bilhões de dólares na conta de serviços de fevereiro é o maior para o segundo mês do ano.
Até o dia 21 deste mês, a remessa de lucros e dividendos somou 1,375 bilhão de dólares. A despesa com juros chegou a 323 milhões de dólares. No mesmo período, a taxa de rolagem dos empréstimos ficou em 401 por cento.
O investimento em ações até 21 de março alcançou 1,419 bilhão de dólares.
O BC informou ainda que o fluxo cambial tem saldo positivo de 6,056 bilhões de dólares em março, até o dia 21. No período, a posição comprado dos bancos estava em 7,722 bilhões de dólares.
(Reportagem de Luciana Otoni)
Estadão
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