A avaliação dos consórcios é de que os projetos propostos pela EBP têm falhas e, em geral, superestimam os valores dos investimentos necessários para as ampliações e melhorias que terão de executar.
— Eles (a EBP) não foram profundos o suficiente para fazer bons projetos — diz um consultor sobre os estudos.
No caso de Viracopos, em Campinas, uma fonte próxima ao consórcio vencedor, liderado pela Triunfo Participações, confirma que será utilizado projeto próprio para as obras de ampliação do aeroporto, cuja capacidade deve ser triplicada nos 30 anos da concessão.
O projeto a ser implantado em Campinas permitirá ainda otimizar custos, reduzindo os investimentos — de R$ 12 bilhões previstos pela EBP, para em torno de R$ 8 bilhões.
A diferença cobre o valor de outorga, de R$ 3,82 bilhões, a ser pago em 30 anos.
Pelas regras da privatização, os vencedores não são obrigados a usar a proposta da EBP, mas terão de pagar por seus projetos.
Para Guarulhos, a conta será de R$ 7 milhões; para Viracopos, R$ 7,6 milhões; e para Brasília, R$ 2,5 milhões.
A busca das receitas não tarifárias, com a melhor exploração das áreas comerciais e prestação de serviços, é fundamental para a equação econômico-financeira dos consórcios, que pagaram ágio médio de 348% no leilão.
Com isso, será possível cobrir os R$ 810 milhões anuais para quitar os R$ 16 bilhões pela outorga do terminal, e realizar os investimentos.
No futuro, as receitas de Guarulhos deverão triplicar.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário