"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 06, 2012

Inflação fecha no teto da meta, alta de 6,5% em 2011.(O QUE NÃO ALIVIA PARA O BC) IPCA/maior avanço desde 2004.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou com alta de 6,50% em 2011, depois de subir 0,50% em dezembro, segundo dados divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira.
Foi a maior inflação anual desde 2004, quando houve expansão de 7,60%.

Preços administrados vão ajudar queda de inflação, diz Barbosa

O ministro da Fazenda em exercício, Nelson Barbosa, disse nesta sexta-feira que o resultado da inflação de 2011 já era esperado pelo governo. Segundo ele, a expectativa da equipe econômica é que os índices de preços continuem em trajetória de queda em 2012, fechando o ano abaixo de 5%, como antecipou o GLOBO na edição impressa desta sexta-feira.

Esperamos que o ritmo de desaceleração (da inflação) continue na mesma intensidade dos últimos três meses, quando caiu de 7,3% para 6,5%, e que, em 2012, ela feche abaixo de 5% disse Barbosa.

De acordo com Barbosa, entre os elementos que vão contribuir para a perda de fôlego da inflação estão um comportamento mais favorável dos preços administrados (com menos reajustes de tarifas públicas em função do ano eleitoral), dos bens industriais e dos alimentos.

No setor de serviços, que tem a inflação mais resistente, o ministro em exercício afirmou que espera mais estabilidade dos preços em 2012.


Todos esses fatores, conjuntamente com a estabilidade ou pequena elevação do preço do etanol, são coerentes com uma inflação abaixo de 5% esse ano disse ele.

Eletrodomésticos ajudaram a segurar inflação

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre alguns bens de consumo duráveis como fogão, geladeira e máquina de lavar implementada pelo Governo Federal ajudou a conter a inflação, disse Eulina Nunes, do IBGE:

A redução do IPI dos eletrodomésticos foi muito importante para fazer com que a taxa (de inflação) fechasse a 6,50%. Foi fundamental.

Isso levou o grupo de artigos de residência a não variar em 2011, ao contrário do que ocorreu no ano anterior, com alta de 3,51% nos preços.
Esse comportamento é um efeito claro da redução do IPI ressaltou Eulina.


Ela destacou, entretanto, que o grupo de alimentos e bebidas exerceu matematicamente a maior contribuição para a inflação neste ano:

Ainda que os preços de alimentos e bebidas tenham crescido menos (a alta de 2010 foi de 10,39% e a de 2011 é de 7,18%), o grupo foi o que exerceu o maior impacto neste ano. E boa parte dessa alta veio por causa da alimentação fora de casa, que subiu 10,49%.

Com mais emprego e mais renda, as pessoas acabam tendo que comer mais fora de casa, até por necessidade, e isso naturalmente gera uma pressão.


Os reajustes de preços de roupas, menores do que no ano passado, também ajudaram a conter a inflação, na opinião do economista Fábio Romão, da LCA consultores. Isso porque tradicionalmente em dezembro esse grupo tem aumento superior a 1%.

Em dezembro de 2010, subiu 1,34% sobre novembro de 2010. Mas, em 2011, o avanço foi menor do que o esperado, já que aumentou 0,80% em dezembro.


Vestuário acelerou em dezembro, de 0,58% para 0,80%, mas essa alta fica abaixo do que costuma aparecer em dezembro. Algumas federações do comércio deram conta de que esse Natal não foi muito relevante em volume de vendas como em anos anteriores.

Então podem ter contribuído para preços de vestuário terem subido menos do que o costume em dezembro declarou Romão

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