"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 17, 2011

E NO "brasil maravilha"... POSSIBILIDADE DE RECESSÃO TÉCNICA : (IBC-Br) - APOSTA É QUE FICARÁ NO VERMELHO(9/11) EM (8/11) FOI UM TOMBO DE 0,53%. EXPECTATIVA PARA O ÚLTIMO TRIMESTRE TAMBÉM É RUIM.


Maioria das projeções sobre crescimento aponta queda de 0,05% em setembro, confirmando mergulho da economia no 3º trimestre

Dado o caráter pró-ativo das ações do Banco Central, às vezes é preciso tempo para que os cenários fiquem mais claros e corroborem as decisões tempestivas adotadas pela autoridade monetária
Alexandre Tombini, presidente do BC

Ganha força a previsão do mercado de que o terceiro trimestre de 2011 terá um Produto Interno Bruto (PIB) negativo.

A maioria das projeções aposta que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que tenta prever a expansão do país e será divulgado hoje, ficará no vermelho em setembro, com queda de 0,05%. No mês anterior, o resultado já havia sido ruim — um tombo de 0,53%.

Dados do comércio, da indústria e do mercado de trabalho corroboram essa tese.
Com isso, as expectativas para o último trimestre do ano também são ruins. Analistas começam a cogitar a possibilidade de recessão técnica, quando uma economia se retrai por dois trimestres seguidos.


Para Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, a retração da produção industrial em setembro e a desaceleração das vendas do comércio no terceiro trimestre reforçam a perspectiva de uma atividade econômica fraca no período. Para o fim do ano, as projeções são de mais arrefecimento.

"Esperamos que no quarto trimestre a desaceleração seja mais disseminada entre as categorias do comércio, intensificando o arrefecimento do consumo das famílias, ainda que o efeito da queda da taxa de juros (Selic) sobre o consumo de bens duráveis não deva ser descartado", argumentou Barros.


A seu ver, no caso da indústria, não há expectativa de uma reversão na tendência de queda da produção, que deve encerrar o ano com uma pequena alta de 1,3%, quando comparada a 2010.

Panorama

Carlos Thadeu de Freitas, economista da gestora de recursos Franklin Templeton, observou que o ritmo menor da economia já está impactando inclusive os preços, que diminuíram o ritmo de alta nas últimas semanas.

Maristella Ansanelli, economsita-chefe do Banco Fibra, calcula que o IBC-Br de hoje deva registrar uma queda de 0,6%.

"O setor automotivo tem registrado movimento muito fraco e puxou o PIB para baixo", observou. "Nesse panorama, o PIB do terceiro trimestre deve ficar negativo em 0,2%", calculou Maristella.


O Itaú Unibanco é um dos poucos que prevê um resultado positivo para setembro, mas pequeno, de apenas 0,2%. Ainda assim, projeta que o intervalo de julho a setembro ficará no vermelho.

"Com esse resultado, o terceiro trimestre vai ficar no território negativo: uma contração anualizada de 0,7%, após crescer 2,2% no segundo trimestre e 4,3% no primeiro", informou a instituição.
 

VICTOR MARTINS Correio Braziliense

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