"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 21, 2011

PETROBRAS SEM "MARQUETINGUE" : Plataforma P-35 é interditada pelo Ministério Público do Trabalho, diz Sindipetro-NF

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O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que a plataforma P-35, situada na Bacia de Campos, foi interditada por risco de vazamento de gás.
Segundo o sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou na quinta-feira condições de risco no sistema de gás inerte, desde a sua geração até os insufladores nos tanques, por conta do vazamento de monóxido de carbono, e no tanque SLOP de água produzida, por conta do H2S.

A empresa, entretanto, afirma que desde o dia 7, a plataforma estava em parada programada de manutenção e agora está em retomada de produção.

A Petrobras reconhece que foi notificada por auditores do MPT e Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (SRTE/RJ) a manter paralisadas as operações de transferência de óleo dos tanques de petróleo e o sistema de ventilação dos tanques da água separada do petróleo, que segundo a empresas, estavam paralisados por iniciativa da própria.

- Foram interditados dois sistemas da P-35 que liberam monóxido de carbono e gás sulfídrico. O que significa interromper a produção da plataforma. Ambos os sistemas já haviam apresentado problemas.

Interditados não oferecem riscos e, portanto, não é necessário desembarcar os trabalhadores que estão na plataforma - explica Marcos Breda, diretor do Sindipetro-NF.

O sindicato já havia feito um pedido de interdição da unidade à Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao MPT, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e à Marinha.

O Sindipetro-NF informou que o pedido de interdição da P-35 foi referendado por 126 trabalhadores da Petrobras e de empresas privadas do setor petróleo em assembleia.

O sindicato diz ainda ter recebido informações de que, na madrugada desta sexta-feira, ocorreu contaminação de 2 PPM de gás sulfídrico nas acomodações dos petroleitos. A informação, diz a entidade, teria sido confirmada nesta sexta, pela Petrobras em reunião com o MPT.

No fim de setembro, a Petrobras retirou 22 trabalhadores que foram intoxicados por causa da presença de dióxido de carbono na plataforma P-35, na bacia de Campos . O gás é utilizado para manter um selo inerte (sem oxigênio) nos tanques de armazenamento de petróleo da plataforma.

Segundo a estatal, na época, a produção não foi interrompida. A plataforma tem uma produção de óleo de 55.719 mil barris por dia. A produção de gás é de 360.000 m3/d. Ao todo, conta com uma tripulação formada por 200 pessoas.

Em agosto do ano passado, denúncias publicadas no GLOBO sobre os riscos aos trabalhadores na plataforma P-33 acabaram levando à sua interdição pela ANP.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu na época que a P-33 e outras plataformas tinham problemas de conservação.

Fabiana Ribeiro (fabianar@oglobo.com.br)


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