"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 21, 2011

"PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" : MB Associados prevê PIB menor em 2011 por indústria E Confiança do empresário no menor nível em 2 anos e meio


MB Associados prevê PIB menor em 2011 por indústria

A indústria deve fechar o ano com um número mais negativo do que se esperava, afetando negativamente o resultado do PIB. É a previsão do economista Sérgio Vale, da MB Associados, que revisou para próximo de 3% sua previsão para o crescimento da economia em 2011.

Vale aposta em crescimento de 4% da demanda doméstica.

Ele observa que desde março a indústria tem dado sinais de queda na passagem de um mês para o outro e, considerando o resultado ruim estimado por ele para setembro - queda de 1,9% em relação a agosto, o setor pode acumular queda de 4,3% no período, como mostra o gráfico abaixo.

Depois de ter avançado 10,5% em 2010, o ritmo de crescimento do setor deve desacelerar para 1,8% em 2011, segundo Vale.

O economista também revisou as estimativas do PIB do terceiro trimestre para 0,3%, mas diz que há chances de um resultado negativo.

Para 2012, o economista prevê crescimento de 4% e inflação ainda bastante pressionada, de 5,7%, bem acima do centro da meta (4,5%), apesar de o governo dizer que o IPCA ficará perto disso.

Vale estima que o IPCA fechará 2011 em 6,5%, no teto.

Confiança do empresário no menor nível em 2 anos e meio

O gráfico abaixo, enviado ao blog pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que após um mês de estabilidade, o otimismo dos empresários voltou a cair em outubro.

Em relação a setembro, o recuo foi de 1,8 ponto, mas frente a outubro do ano passado, a queda é bem mais intensa, de 8,2 pontos, segundo o índice calculado pela Confederação, que caiu para 54,6 pontos, abaixo da média histórica e o menor desde abril de 2009.

O economista Marcelo de Ávila, da CNI, diz que o principal motivo é a manutenção das perspectivas negativas para a economia mundial, que afeta a brasileira.

O índice mostra também que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais da economia local está cada vez pior. Embora positivas, as expectativas para os próximos seis meses continuam recuando.

A CNI entrevistou 2.090 empresas, entre os dias 3 e 18 de outubro, para essa pesquisa.

Valéria Maniero/O GLOBO

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