"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 09, 2011

É "COSA NOSTRA"

Os jogadores de futebol Emerson, o "Sheik", do Corinthians, Diguinho, do Fluminense, e Kleberson, do Atlético Paranaense, e os cantores Latino e Belo estão entre os famosos que tiveram seus carros confiscados ontem durante a operação da Polícia Federal.

O grupo, segundo as investigações, teria se beneficiado do esquema montado pela máfia israelense e os bicheiros do Rio para venderem carros de luxo importados por preços muito abaixo do mercado.


Segundo as investigações federais, jogadores e cantores, além de empresários de várias partes do país, teriam comprado veículos com a quadrilha, obtendo vantagens como descontos de até R$150 mil.

A PF informou que, além do confisco dos veiculos, todos deverão ser processados por crime de contrabando. Segundo um delegado federal, eles terão que provar se agiram de boa-fé. Caso contrário, vão responder por contrabando.


Entre os 35 carros de luxo apreendidos em todo país, havia um Lamborghini Gallardo LP 560, avaliado em R$1,3 milhão, em São Paulo.

- Embora os veículos contrabandeados chegassem pelos portos, não temos elemento que indiquem a participação de servidores aduaneiros no esquema.

Além dos carros, eles contrabandeavam pedras preciosas, que chegavam ao Brasil com o certificado de origem (documento que comprova de onde é a pedra) falsificado - adiantou o procurador Antônio do Passo Cabral, do MP federal.


Em Curitiba, no Paraná, a Polícia Federal apreendeu um Jeep Hummer na casa do jogador Kleberson.

Em nota, o jogador diz que comprou o carro em abril do ano passado, "numa empresa em regular funcionamento e que o valor devido foi integralmente pago, da forma ajustada, e consta da nota fiscal" emitida em seu nome.


- É contrabando adquirir um veículo de maneira fraudulenta na concessionária. Vamos analisar cada caso para identificar as fraudes - afirmou Marcus Vinicius Vidal Pontes, superintendente da Receita Federal no Rio.

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