A dívida externa brasileira já cresceu mais de US$ 40 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, fechando julho em US$ 297,092 bilhões.
Em julho, especificamente, o aumento foi aproximadamente de US$ 10 bilhoes, avanço mensal superior à média do primeiro semestre.
Os números foram divulgados na manhã de hoje pelo Banco Central e ainda são sujeitos à revisão. O sistema financeiro bancário foi o que mais contribuiu para a elevação do endividamento junto a credores de outros países, tanto no mês quanto em sete meses. A dívida do sistema, incluindo bancos públicos e privados, chegou ao fim de junho em US$ 137,338 bilhões. No fim de 2010, o saldo estava em US$ 103,14 bilhoes e no fim de junho em US$ 129,584 bilhões.
A dívida externa dos governos, por outro lado, caiu. Era de US$ 65,127 bilhões no fim de dezembro de 2010 e chegou ao fim de julho em US$ 60,216 bilhões. De junho para julho, no entanto, houve aumento discreto, pois o saldo era de US$ 59,964 bilhões.
O saldo devedor externo do setor privado, com exceção dos bancos, saiu de US$ 84,088 bi em dezembro para US$ 92,661 bi em junho e para US$ 94,921 bi em julho.
Todos esses valores não incluem os empréstimos intercompanhias, que são considerados passivos de investimento direto e não de dívida. A soma do estoque dessas operações com a dívida de outros tipos de empréstimos e de financiamentos fechou julho em US$ 405,705 bilhoes, ante 351,94 bilhoes em dezembro de 2010.
Agrupada em operações por prazo, a dívida externa brasileira é majoritariamente longa, pois os empréstios em financiamentos com prazo superior a um ano representam US$ 247,63 bi do saldo total do fim de julho. Os de curto prazo correspondiam a US$ 49,46 bilhões.
(Monica Izaguirre | Valor)
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