O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem em Paris que seria "inadmissível" uma atuação política do BNDES no projeto de fusão do gigante francês Carrefour com o Grupo Pão Açúcar.
- Não há uma atuação política do BNDES. É uma decisão comercial. É preciso que o BNDES justifique sua atuação nesta questão, uma questão que é eminentemente comercial. É inadmissível uma atuação política do BNDES nesta questão. Não há possibilidade de pressão - afirmou Mantega na capital francesa, onde participou de evento com investidores sobre o programa de reformas da presidente Dilma Rousseff.
"É uma questão comercial provada", disse o ministro
Respondendo aos críticos que dizem que o papel do BNDES é financiar infraestrutura no Brasil e não empresas privadas do varejo, Mantega afirmou:
- O BNDES pode financiar muitos setores no Brasil. É uma decisão do BNDES. Não é uma decisão do governo. O governo não se mete nesta questão. É uma questão comercial privada.
Em um seminário da influente revista britânica "The Economist", o diretor-executivo do BNDES Luiz Eduardo Melin defendeu a fusão Carrefour-Pão de Açúcar, dizendo que trata-se de um "projeto que cria valor para todos os envolvidos" e gera ganhos no mercado interno e externo.
Melin argumentou também que a fusão permitiria a penetração de produtos brasileiros em mercados de mais de 30 países.
Mas, na França, uma pessoa próxima das negociações entre Carrefour e Pão de Açúcar, que falou na condição de anonimato, engrossou o coro de especialistas, que não acreditam que isso vai possibilitar a entrada de produtos brasileiros nas prateleiras francesas.
- É prematuro dizer isso. O projeto não é para isso. É um projeto para criar um campeão brasileiro - afirmou a fonte.
O francês Casino argumenta que uma fusão com o Carrefour é estrategicamente errada por dois motivos:
o forte do grupo rival é hipermercados, que é uma tendência de consumo em baixa. Além disso, o grupo está fortemente implantado na Europa, que está vivendo uma grave crise econômica.
Sobre essa questão, Melin afirmou que o BNDES não tem nada a dizer.
- Isso é estritamente assunto do setor privado. Não temos que ter qualquer posição. Que o negócio no Brasil vai bem, vai bem, obrigado. Precisamos sair do pensamento local e pensar globalmente:
estamos falando da possibilidade de penetração em mercados no planeta - afirmou o diretor-executivo do banco de fomento brasileiro.
BNDES será imparcial, diz diretor do banco
Melin disse, ainda, que a polêmica em torno do projeto de fusão entre Carrefour-Pão e Açúcar "é mais fumaça do que fogo".
O BNDES - insistiu o diretor-executivo do banco brasileiro - teria agido de forma exclusivamente técnica.
Se o Casino apresentar projetos nesta direção nós avaliaremos com a mesma isenção técnica.
Deborah Berlinck O Globo
- Não há uma atuação política do BNDES. É uma decisão comercial. É preciso que o BNDES justifique sua atuação nesta questão, uma questão que é eminentemente comercial. É inadmissível uma atuação política do BNDES nesta questão. Não há possibilidade de pressão - afirmou Mantega na capital francesa, onde participou de evento com investidores sobre o programa de reformas da presidente Dilma Rousseff.
"É uma questão comercial provada", disse o ministro
Respondendo aos críticos que dizem que o papel do BNDES é financiar infraestrutura no Brasil e não empresas privadas do varejo, Mantega afirmou:
- O BNDES pode financiar muitos setores no Brasil. É uma decisão do BNDES. Não é uma decisão do governo. O governo não se mete nesta questão. É uma questão comercial privada.
Em um seminário da influente revista britânica "The Economist", o diretor-executivo do BNDES Luiz Eduardo Melin defendeu a fusão Carrefour-Pão de Açúcar, dizendo que trata-se de um "projeto que cria valor para todos os envolvidos" e gera ganhos no mercado interno e externo.
Melin argumentou também que a fusão permitiria a penetração de produtos brasileiros em mercados de mais de 30 países.
Mas, na França, uma pessoa próxima das negociações entre Carrefour e Pão de Açúcar, que falou na condição de anonimato, engrossou o coro de especialistas, que não acreditam que isso vai possibilitar a entrada de produtos brasileiros nas prateleiras francesas.
- É prematuro dizer isso. O projeto não é para isso. É um projeto para criar um campeão brasileiro - afirmou a fonte.
O francês Casino argumenta que uma fusão com o Carrefour é estrategicamente errada por dois motivos:
o forte do grupo rival é hipermercados, que é uma tendência de consumo em baixa. Além disso, o grupo está fortemente implantado na Europa, que está vivendo uma grave crise econômica.
Sobre essa questão, Melin afirmou que o BNDES não tem nada a dizer.
- Isso é estritamente assunto do setor privado. Não temos que ter qualquer posição. Que o negócio no Brasil vai bem, vai bem, obrigado. Precisamos sair do pensamento local e pensar globalmente:
estamos falando da possibilidade de penetração em mercados no planeta - afirmou o diretor-executivo do banco de fomento brasileiro.
BNDES será imparcial, diz diretor do banco
Melin disse, ainda, que a polêmica em torno do projeto de fusão entre Carrefour-Pão e Açúcar "é mais fumaça do que fogo".
O BNDES - insistiu o diretor-executivo do banco brasileiro - teria agido de forma exclusivamente técnica.
Se o Casino apresentar projetos nesta direção nós avaliaremos com a mesma isenção técnica.
Deborah Berlinck O Globo
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