Indefinição sobre Plano de Negócios e rumores de troca no comando fazem estatal perder duas Sadias e meia
O PT e o PMDB estão articulando mudanças profundas na direção da Petrobras, mas de forma a garantir que a gestão da estatal continue sob o controle dos dois partidos. Segundo fontes próximas ao governo, a proposta das mudanças na diretoria assim como o novo Plano de Negócios com os investimentos para o período de 2011/15 deverão ser apreciados pelo Conselho de Administração da Petrobras em reunião prevista para o próximo dia 22.
Segundo fontes, algumas mudanças estariam praticamente acertadas, mas todas são passíveis de mudanças até a batida do martelo da presidente Dilma Rousseff.
Nos bastidores se dá como sendo certo que a atual diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, assumirá a presidência da Petrobras no lugar de José Sérgio Gabrielli.
Mudança envolve nomes indicados também por aliados
O diretor de Exploração e Produção da companhia, Guilherme Estrella, iria presidir a PetroSal, a nova empresa estatal que coordenará a exploração de petróleo pelo novo sistema de partilha em áreas do pré-sal.
Para seu lugar, um dos nomes mais cotados é José Lima Neto, funcionário de carreira da Petrobras, atual presidente da Petrobras Distribuidora (BR).
Lima Neto conta com a simpatia e o apoio da própria presidente Dilma e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
As notícias de mudanças no comando da Petrobras e a demora em anunciar o plano de investimentos da companhia para os próximos anos têm deixado o mercado apreensivo. Grandes investidores internacionais reclamam que a diretoria está fechada, sem interlocução com o mercado.
Com os sucessivos adiamentos da divulgação de seu plano de investimentos, a Petrobras amarga queda de 16,6% em seu valor de mercado este ano. O valor passou de R$380,2 bilhões para R$316,8 bilhões.
Ou seja, R$63,4 bilhões "derreteram" entre janeiro e ontem.
O valor é quase o tamanho do Banco do Brasil, cujo valor de mercado é de R$74,3 bilhões, e duas vezes e meia a BRF-Brasil Foods (resultado da fusão entre Sadia e Perdigão), de R$25,8 bilhões.
Entre as grandes companhias, a Petrobras é que mais perdeu em valor de mercado. A Vale, por exemplo, registrou recuo de 7,46%, para R$254,4 bilhões. O Bradesco teve queda de 6,28%, para R$102,8 bilhões.
Segundo analistas, o mercado "não vê com bons olhos a estatal", já que vem apresentando resultados operacionais ruins mês a mês, ao não conseguir repassar a queda do preço do petróleo no mercado internacional para os combustíveis vendidos no Brasil. Além disso, vem sofrendo com o fraco desempenho do mercado internacional, cujas economias de EUA e Europa não crescem.
- O mercado espera a revisão do plano estratégico da empresa, que seria anunciado no primeiro semestre, e já foi adiado duas vezes. Com essas incertezas, quem tem ações acaba vendendo papéis da companhia em vez de comprá-los. Espera-se uma queda nos investimentos em refino, que tem margens menores. Isso tudo será feito para reduzir seus custos, já que a receita operacional está ruim - avaliou Leonardo Milane, estrategista da Corretora Santander.
Erick Scott Hood, analista da SLW, apontou que, enquanto a Petrobras não divulga seus planos de investimento entre 2012 e 2015, crescem as incertezas sobre a empresa. Com o impasse, algumas corretoras reduziram o peso das ações da estatal em suas carteiras de recomendações.
Caso da Ativa e de bancos, como o Santander.
- Como há muita especulação, o valor da empresa é destruído, prejudicando o desempenho da ação - disse Hood.
O Plano de Negócios, que será apresentado pela terceira vez, deverá conter o mesmo volume de investimentos do Plano anterior de e 2010/14 que é de US$224 bilhões, atendendo a uma determinação expressa do Conselho na última reunião, realizada no dia 17 de junho.
Na primeira versão da Petrobras, eram US$260 bilhões.
O mercado é favorável à manutenção do nível dos investimentos da estatal, pois teme que maiores gastos afetem a saúde financeira da Petrobras.
Hoje, vendendo a gasolina 18% mais barata que no exterior e o diesel, 8% mais em conta, a Petrobras já perdeu R$5,7 bilhões de janeiro a junho, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).
Ramona Ordoñez Bruno Rosa O Globo
O diretor de Exploração e Produção da companhia, Guilherme Estrella, iria presidir a PetroSal, a nova empresa estatal que coordenará a exploração de petróleo pelo novo sistema de partilha em áreas do pré-sal.
Para seu lugar, um dos nomes mais cotados é José Lima Neto, funcionário de carreira da Petrobras, atual presidente da Petrobras Distribuidora (BR).
Lima Neto conta com a simpatia e o apoio da própria presidente Dilma e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
As notícias de mudanças no comando da Petrobras e a demora em anunciar o plano de investimentos da companhia para os próximos anos têm deixado o mercado apreensivo. Grandes investidores internacionais reclamam que a diretoria está fechada, sem interlocução com o mercado.
Com os sucessivos adiamentos da divulgação de seu plano de investimentos, a Petrobras amarga queda de 16,6% em seu valor de mercado este ano. O valor passou de R$380,2 bilhões para R$316,8 bilhões.
Ou seja, R$63,4 bilhões "derreteram" entre janeiro e ontem.
O valor é quase o tamanho do Banco do Brasil, cujo valor de mercado é de R$74,3 bilhões, e duas vezes e meia a BRF-Brasil Foods (resultado da fusão entre Sadia e Perdigão), de R$25,8 bilhões.
Entre as grandes companhias, a Petrobras é que mais perdeu em valor de mercado. A Vale, por exemplo, registrou recuo de 7,46%, para R$254,4 bilhões. O Bradesco teve queda de 6,28%, para R$102,8 bilhões.
Segundo analistas, o mercado "não vê com bons olhos a estatal", já que vem apresentando resultados operacionais ruins mês a mês, ao não conseguir repassar a queda do preço do petróleo no mercado internacional para os combustíveis vendidos no Brasil. Além disso, vem sofrendo com o fraco desempenho do mercado internacional, cujas economias de EUA e Europa não crescem.
- O mercado espera a revisão do plano estratégico da empresa, que seria anunciado no primeiro semestre, e já foi adiado duas vezes. Com essas incertezas, quem tem ações acaba vendendo papéis da companhia em vez de comprá-los. Espera-se uma queda nos investimentos em refino, que tem margens menores. Isso tudo será feito para reduzir seus custos, já que a receita operacional está ruim - avaliou Leonardo Milane, estrategista da Corretora Santander.
Erick Scott Hood, analista da SLW, apontou que, enquanto a Petrobras não divulga seus planos de investimento entre 2012 e 2015, crescem as incertezas sobre a empresa. Com o impasse, algumas corretoras reduziram o peso das ações da estatal em suas carteiras de recomendações.
Caso da Ativa e de bancos, como o Santander.
- Como há muita especulação, o valor da empresa é destruído, prejudicando o desempenho da ação - disse Hood.
O Plano de Negócios, que será apresentado pela terceira vez, deverá conter o mesmo volume de investimentos do Plano anterior de e 2010/14 que é de US$224 bilhões, atendendo a uma determinação expressa do Conselho na última reunião, realizada no dia 17 de junho.
Na primeira versão da Petrobras, eram US$260 bilhões.
O mercado é favorável à manutenção do nível dos investimentos da estatal, pois teme que maiores gastos afetem a saúde financeira da Petrobras.
Hoje, vendendo a gasolina 18% mais barata que no exterior e o diesel, 8% mais em conta, a Petrobras já perdeu R$5,7 bilhões de janeiro a junho, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).
Ramona Ordoñez Bruno Rosa O Globo
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