"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 14, 2011

AH! A INSUsTENTÁVEL NÃO LEVEZA DO CRESCIMENTO.

Pela primeira vez desde que começaram a ser divulgadas as projeções para 2011, em 15 de janeiro de 2010, o mercado reduziu para abaixo de 4% a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Na média das 80 instituições consultadas semanalmente pelo boletim Focus do Banco Central (BC), a aposta é que haja crescimento de 3,96%.

É a menor previsão para o ritmo de atividade econômica desde junho de 2009, quando os cálculos eram de recessão para aquele ano e de expansão máxima de 3,5% para o seguinte.

O PIB mais fraco é uma consequência do aperto monetário em curso desde dezembro para conter a inflação. Medidas de restrição ao crédito foram impostas, bem como quatro altas seguidas dos juros básicos desde janeiro.
A previsão para o PIB industrial de 2011 também recuou, de 3,50% para 3,46%.

Ainda que haja desaceleração da economia, analistas continuam céticos quanto ao comportamento da inflação.
A projeção para o IPCA de 2011 recuou pela sexta semana seguida, de 6,22% para 6,19%, mas para 2012 houve revisão para cima, de 5,10% para 5,13%.

Apesar disso, fontes do governo destacaram que a queda na projeção do PIB deste ano mostra que a política de aperto monetário está surtindo efeito. Para o próximo ano, os analistas mantiveram 4,10%.

- Foi um pequeno ajuste no PIB, mas já sinaliza um crescimento menor neste ano, como o governo espera. Já por outro lado, a alta na inflação, ainda que pequena, mostra que os analistas ainda estão céticos em relação ao processo de queda na inflação a curto prazo - disse o economista da consultoria Tendências Sílvio Campos Neto.

Segundo o Focus, os analistas mantiveram a previsão de que a Selic - hoje em 12,25% ao ano - termine 2011 a 12,50%, com apenas mais uma alta, de 0,25 ponto percentual, na reunião de julho.

Porém, quando se observam apenas as cinco instituições que mais acertam as previsões de juros, a estimativa é de 12,75% ano em dezembro.
A taxa de câmbio também caiu, de R$1,61 para R$1,60, no fim de 2011.

Geralda Doca/O Globo

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