A Bovespa tombou 1,75% ontem, na 4ª baixa em cinco sessões, perdeu os 65 mil pontos e aproximou-se do menor patamar do ano (64.217,64 pontos), registrado em 9 de fevereiro, aos 64.318,18 pontos.
O recuo refletiu, principalmente, a saída de investidores estrangeiros, movimento que ajudou a amparar a demanda por títulos públicos e também a elevar o preço do dólar ante o real.
A dúvida sobre a capacidade de o governo local conter a inflação e a expectativa de novas altas de juros estão por trás do ajuste de posições, além do desempenho fraco dos índices acionários internacionais.
As bolsas norte-americanas e europeias caíram, reagindo ao noticiário corporativo, à queda de commodities e à postura defensiva dos investidores.
Além da possibilidade de uma retaliação pela morte do líder do Al-Qaeda, Osama bin Laden, havia expectativa pelos indicadores dos EUA, como os dados de emprego do setor privado norte-americano, hoje, e que antecedem os números oficiais do mercado de trabalho, na sexta-feira.
No câmbio, a saída de recursos da Bovespa vem contribuindo para manter o dólar acima de R$ 1,58. Ontem, a moeda dos EUA terminou a R$ 1,5870 (+ 0,63%).
Declarações do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência no Senado, de que o governo precisa de uma ação cambial forte para evitar o capital especulativo e que nenhuma medida está descartada, favoreceram ainda a subida da divisa pelo segundo dia seguido.
Os juros de longo prazo avançaram após Mantega gerar preocupações ao afirmar também que ""é coisa do passado"" a mentalidade de que aumento de salário gera pressão inflacionária.
Claudia Violante O Globo
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