Feriados deveriam ser um momento de descanso em meio a dias de dedicação ao trabalho.
Mas, nesta Semana Santa, para milhares de brasileiros a merecida pausa foi marcada por longas esperas, contratempos em estradas e filas em aeroportos que vão se tornando rotineiras.
Sem investimentos à altura, a infraestrutura do país caminha cada vez mais para um "paradão".
Exemplo sintomático da situação de caos na estrutura de transporte brasileira ocorreu na BR-381, no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valares, em Minas Gerais. Às vésperas do feriado, o que era mais do que previsível ocorreu:
uma ponte cedeu por falta de manutenção rotineira do DNIT.
O tráfego, um dos mais pesados do país por se tratar de uma rota industrial e turística, teve de ser desviado e os motoristas purgaram congestionamentos de dezenas de quilômetros.
A BR-381 é uma das mais perigosas do país, registrando quase uma morte por dia. Os planos para sua reforma foram deixados de lado na era Lula - e onde estavam continuam.
Mas o que ocorreu nesta que é uma das mais temidas "rodovias da morte" do país é apenas um dos vários incidentes que se tornaram rotina nas estradas brasileiras.
Dinheiro para investir não falta, inclusive na forma de recursos tributários específicos para o setor. O que falta é competência para bem aplicá-los.
Poucos sabem, mas existe um tributo especialmente destinado a custear melhorias na infraestrutura e na malha viária: a Cide-Combustíveis.
Ele vem de parte do preço que o consumidor paga pela gasolina vendida nos postos. No ano passado, foram arrecadados R$ 8 bilhões.
Neste primeiro trimestre, já entraram mais R$ 2 bilhões no caixa do Leão.
Mas o dinheiro continua servindo apenas para engordar o caixa do Tesouro.
O governo do PT tem dificuldade para transformar os fartos impostos cobrados dos brasileiros em melhorias e mais bem-estar para a população.
Ao mesmo tempo, resiste a abrir espaço para que a iniciativa privada cuide da nossa infraestrutura. Até hoje, apenas 4,8 mil km de rodovias foram concedidos, o que equivale a somente um terço do que é considerado passível de concessão no país.
Mas o excesso de tráfego e as más condições das estradas não foram o único empecilho com o qual os motoristas se depararam no feriadão. Os brasileiros estão começando a conviver com um "apagão de combustíveis", conforme descreveu
O Estado de S.Paulo em sua edição de sábado.
Em muitos postos, a gasolina simplesmente desapareceu, confirmando o que a própria Petrobras havia admitido há alguns dias.
O que está ocorrendo é que está faltando etanol no país, segundo maior produtor mundial deste combustível. Com isso, os preços do álcool explodiram, empurrando a demanda dos motoristas por gasolina.
Já em 2010 o consumo superara a produção brasileira em 11% e neste ano tende a sangrar ainda mais a balança comercial.
A despeito de toda a parolagem publicitária, o Brasil continua dependendo da importação de petróleo e derivados. A tão propalada autossuficiência nunca existiu de fato.
Neste ano, a balança de derivados de petróleo deverá registrar déficit de US$ 18 bilhões. Em 2010, o rombo atingira US$ 13 bilhões, ou quatro vezes mais do que no início da década.
Tudo considerado, o que se vê hoje é um país absolutamente despreparado para enfrentar o grande salto adiante que precisa ser dado.
O PT diz que "retomou o planejamento estratégico".
Não é o que se percebe, onde quer que se vá por este país afora.
Por terra, por mar, pelo ar, está tudo cada vez mais parado.
Feriado no Brasil virou motivo de cansaço.
Fonte: ITV
Mas, nesta Semana Santa, para milhares de brasileiros a merecida pausa foi marcada por longas esperas, contratempos em estradas e filas em aeroportos que vão se tornando rotineiras.
Sem investimentos à altura, a infraestrutura do país caminha cada vez mais para um "paradão".
Exemplo sintomático da situação de caos na estrutura de transporte brasileira ocorreu na BR-381, no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valares, em Minas Gerais. Às vésperas do feriado, o que era mais do que previsível ocorreu:
uma ponte cedeu por falta de manutenção rotineira do DNIT.
O tráfego, um dos mais pesados do país por se tratar de uma rota industrial e turística, teve de ser desviado e os motoristas purgaram congestionamentos de dezenas de quilômetros.
A BR-381 é uma das mais perigosas do país, registrando quase uma morte por dia. Os planos para sua reforma foram deixados de lado na era Lula - e onde estavam continuam.
Mas o que ocorreu nesta que é uma das mais temidas "rodovias da morte" do país é apenas um dos vários incidentes que se tornaram rotina nas estradas brasileiras.
Dinheiro para investir não falta, inclusive na forma de recursos tributários específicos para o setor. O que falta é competência para bem aplicá-los.
Poucos sabem, mas existe um tributo especialmente destinado a custear melhorias na infraestrutura e na malha viária: a Cide-Combustíveis.
Ele vem de parte do preço que o consumidor paga pela gasolina vendida nos postos. No ano passado, foram arrecadados R$ 8 bilhões.
Neste primeiro trimestre, já entraram mais R$ 2 bilhões no caixa do Leão.
Mas o dinheiro continua servindo apenas para engordar o caixa do Tesouro.
O governo do PT tem dificuldade para transformar os fartos impostos cobrados dos brasileiros em melhorias e mais bem-estar para a população.
Ao mesmo tempo, resiste a abrir espaço para que a iniciativa privada cuide da nossa infraestrutura. Até hoje, apenas 4,8 mil km de rodovias foram concedidos, o que equivale a somente um terço do que é considerado passível de concessão no país.
Mas o excesso de tráfego e as más condições das estradas não foram o único empecilho com o qual os motoristas se depararam no feriadão. Os brasileiros estão começando a conviver com um "apagão de combustíveis", conforme descreveu
O Estado de S.Paulo em sua edição de sábado.
Em muitos postos, a gasolina simplesmente desapareceu, confirmando o que a própria Petrobras havia admitido há alguns dias.
O que está ocorrendo é que está faltando etanol no país, segundo maior produtor mundial deste combustível. Com isso, os preços do álcool explodiram, empurrando a demanda dos motoristas por gasolina.
Já em 2010 o consumo superara a produção brasileira em 11% e neste ano tende a sangrar ainda mais a balança comercial.
A despeito de toda a parolagem publicitária, o Brasil continua dependendo da importação de petróleo e derivados. A tão propalada autossuficiência nunca existiu de fato.
Neste ano, a balança de derivados de petróleo deverá registrar déficit de US$ 18 bilhões. Em 2010, o rombo atingira US$ 13 bilhões, ou quatro vezes mais do que no início da década.
Tudo considerado, o que se vê hoje é um país absolutamente despreparado para enfrentar o grande salto adiante que precisa ser dado.
O PT diz que "retomou o planejamento estratégico".
Não é o que se percebe, onde quer que se vá por este país afora.
Por terra, por mar, pelo ar, está tudo cada vez mais parado.
Feriado no Brasil virou motivo de cansaço.
Fonte: ITV
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