"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 26, 2011

BRASIL SEGUE MUDANDO E "PROGREDINDO" : DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL EM MARÇO FECHOU EM R$1,695 trilhão


A disparada da inflação criou mais uma dor de cabeça para a equipe econômica:
o encarecimento da dívida pública federal.

Segundo relatório divulgado ontem pelo Tesouro Nacional, o custo médio da dívida em 12 meses vem subindo gradativamente e saltou de 9,6% ao ano, em março de 2010, para 11,76%, no mês passado.

Os índices de preços corrigem hoje cerca de 30% do estoque e, quando sobem, afetam o endividamento não apenas nessa parcela, mas também na atrelada à Selic - hoje, 32,3% do total.
Em março, o custo médio da dívida subiu 0,06 ponto percentual devido às altas do IPCA e da Selic.

A dívida subiu 1,39% em março e fechou o mês em R$1,695 trilhão.
O aumento ocorreu devido a uma emissão líquida de títulos públicos no valor de R$6,87 bilhões e à incorporação de R$16,39 bilhões em juros que corrigem o estoque. Do valor total, R$1,611 trilhão corresponde à dívida mobiliária interna e R$83,53 bilhões, à externa.

Segundo o relatório do Tesouro, os títulos prefixados aumentaram a participação na dívida, passando de 33,63% do total em fevereiro para 34,56% em março.
Já os títulos corrigidos pela Selic reduziram sua parcela no endividamento de 33,33% para 32,34% no mesmo período.

Os papéis indexados a índices de preços, por sua vez, passaram a responder por 28,33% do total (contra 28,05% em fevereiro).
A parcela da dívida corrigida pela Selic está hoje acima da meta fixada pela equipe econômica para a composição do estoque - entre 28% e 32% em 2011.

Martha Beck O Globo

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