Se o cenário internacional conturbado e a alta da inflação local impedem que o mercado brasileiro deslanche, as duas maiores empresas da bolsa também contribuem para esse rame-rame.
Existem pedras no caminho tanto da Petrobras quanto da Vale.
As duas companhias possuem incertezas que preocupam os investidores e fazem com que esses papéis não subam como se esperava, pelo menos no curto prazo.
Esse cenário ruim afeta não apenas os investidores das duas companhias. Como, juntas, as ações preferenciais (PN, sem voto) e ordinárias (ON, com voto) da Petrobras e da Vale representam quase 30% do Índice Bovespa, elas acabam emperrando o mercado inteiro.
"Sendo praticamente um terço do índice, fica muito difícil ele subir com percalços nas duas empresas", diz o presidente da Modal Asset, Alexandre Póvoa.
No caso da Petrobras, o principal problema é a alta do petróleo no mercado internacional.
Em qualquer lugar do mundo, esse movimento é positivo para as petrolíferas, que repassam o aumento para os seus produtos.
No Brasil, no entanto, a decisão faz parte de uma política de governo. E, neste momento, com a inflação sendo o principal problema da nova equipe econômica, a última coisa que se espera é que o governo aprove qualquer alta dos combustíveis.
"O repasse só colocaria mais gasolina na fogueira da inflação, tudo que o governo não quer neste momento", ironiza Póvoa.
Com o pré-sal, a Petrobras é a petroleira com o maior potencial de crescimento no médio e longo prazo. No entanto, com os dados de produção decepcionando consistentemente, aumentam as dúvidas se o potencial irá se transformar em crescimento de fato, lembra Póvoa.
Além disso, sem o aumento da gasolina, a empresa pode não ter caixa suficiente para investir no tal crescimento que tanto se espera.
Os percalços no caminho da Vale parecem mais simples, mas não menos importantes para emperrar a ação no curto prazo. Nas últimas semanas, o papel oscilou ao sabor dos rumores sobre a troca de comando na companhia.
Apesar dos rumores já terem virado fato, com a substituição de Roger Agnelli por Murilo Ferreira, os investidores devem continuar com o pé atrás enquanto o novo presidente não mostrar que o lucro da companhia continuará sendo a prioridade, se é que isso vai acontecer. Póvoa acredita que sim, já que uma Vale ineficiente não é interessante nem para o governo.
Existem pedras no caminho tanto da Petrobras quanto da Vale.
As duas companhias possuem incertezas que preocupam os investidores e fazem com que esses papéis não subam como se esperava, pelo menos no curto prazo.
Esse cenário ruim afeta não apenas os investidores das duas companhias. Como, juntas, as ações preferenciais (PN, sem voto) e ordinárias (ON, com voto) da Petrobras e da Vale representam quase 30% do Índice Bovespa, elas acabam emperrando o mercado inteiro.
"Sendo praticamente um terço do índice, fica muito difícil ele subir com percalços nas duas empresas", diz o presidente da Modal Asset, Alexandre Póvoa.
No caso da Petrobras, o principal problema é a alta do petróleo no mercado internacional.
Em qualquer lugar do mundo, esse movimento é positivo para as petrolíferas, que repassam o aumento para os seus produtos.
No Brasil, no entanto, a decisão faz parte de uma política de governo. E, neste momento, com a inflação sendo o principal problema da nova equipe econômica, a última coisa que se espera é que o governo aprove qualquer alta dos combustíveis.
"O repasse só colocaria mais gasolina na fogueira da inflação, tudo que o governo não quer neste momento", ironiza Póvoa.
Com o pré-sal, a Petrobras é a petroleira com o maior potencial de crescimento no médio e longo prazo. No entanto, com os dados de produção decepcionando consistentemente, aumentam as dúvidas se o potencial irá se transformar em crescimento de fato, lembra Póvoa.
Além disso, sem o aumento da gasolina, a empresa pode não ter caixa suficiente para investir no tal crescimento que tanto se espera.
Os percalços no caminho da Vale parecem mais simples, mas não menos importantes para emperrar a ação no curto prazo. Nas últimas semanas, o papel oscilou ao sabor dos rumores sobre a troca de comando na companhia.
Apesar dos rumores já terem virado fato, com a substituição de Roger Agnelli por Murilo Ferreira, os investidores devem continuar com o pé atrás enquanto o novo presidente não mostrar que o lucro da companhia continuará sendo a prioridade, se é que isso vai acontecer. Póvoa acredita que sim, já que uma Vale ineficiente não é interessante nem para o governo.
Passada essa névoa que paira sobre as duas companhias, a Vale deve ser a melhor opção no médio prazo, diz Póvoa. "A mineradora tem menos incertezas pelo caminho do que a Petrobras", afirma, lembrando do movimento de alta do minério e da demanda da China.
Daniele Camba é repórter de Investimentos
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