"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 03, 2010

RISCO DA IMPORTAÇÃO SUBSTITUIR A PRODUÇÃO.


Luciana Otoni, de Brasília Valor Econômico

As importações cresceram mais que as exportações em julho, o que aprofundou a retração do saldo comercial brasileiro.

O país encerra os sete primeiros meses do ano com superávit de US$ 9,2 bilhões, 45% menor que o registrado em igual período de 2009.

A tendência é que a redução do superávit se mantenha frente à dificuldade de recuperação dos Estados Unidos e da Europa, situação que limita a evolução das vendas das empresas brasileiras no exterior.

Em julho, as exportações somaram US$ 17,6 bilhões, 30,7% maiores em relação a igual mês de 2009 e 1,3% abaixo do resultado de junho.

As importações totalizaram US$ 16,3 bilhões, com alta de 51,9% frente igual mês do ano passado, 5,1% acima do verificado em junho.

No lado das importações, os gastos chegaram a US$ 97,6 bilhões, 45% acima do registrado entre janeiro e julho.

Desse montante, US$ 45,6 bilhões correspondem à compra de matérias-primas, seguidos dos US$ 21,5 bilhões usados na compra de máquinas.

As importações de bens de consumo representaram US$ 16,3 bilhões.

No contexto do real valorizado, o secretário de Comércio Exterior (Secex), Welber Barral chamou a atenção para o risco de que o menor ritmo de crescimento da economia prejudique mais a industrial local do que as compras feitas no exterior.

"Há um detalhe importante e que representa um risco para a indústria brasileira: Se há redução da demanda interna, haverá diminuição de importação. Esse é o efeito natural. Entretanto, dependendo do produto e do efeito cambial, pode haver redução maior da demanda (produção) interna que da importação", afirmou.

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