"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 27, 2010

GOVERNO TERÁ QUE EM CINCO MESES FAZER UM SUPERÁVIT DE R$ 50,2 bi PARA CUMPRIR META.


Cofrinho

Adriana Fernandes, da Agência Estado

Se quiser cumprir a meta fiscal do ano, o governo terá que fazer em apenas cinco meses um superávit primário de R$ 50,24 bilhões nas contas do governo central.

São mais de R$ 10 bilhões de esforço fiscal por mês até o final do ano, num cenário em que o governo vem acelerando as despesas, principalmente de investimentos.

Apesar das repetidas declarações do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, de que o governo vai cumprir a meta sem o uso do mecanismo que permite o abatimento das despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os números divulgados hoje (26) mostram um cenário cada mais difícil para as contas públicas.

Em sete meses, o governo fez apenas um pouco mais de um terço (33,8%) da meta de superávit do governo central de R$ 75,8 bilhões fixada para o ano.

O cenário tem um complicador a mais, porque as estatais federais não devem cumprir a meta de superávit prevista para essa esfera de governo, de 0,20% do PIB.

A área econômica já dá praticamente como certo que as empresas estatais não vão atingir a meta, o que em tese exigiria um esforço adicional do governo central para que a meta cheia de 3,3% do PIB de superávit prevista para o todo o setor público seja cumprida, sem o uso do abatimento.

Nenhum comentário: