"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 27, 2010

DÍVIDA PÚBLICA : JUROS DA DÍVIDA SOMAM R$ 182,1 bi (5,40% do PIB), O MAIOR NÍVEL DESDE O INÍCIO DA SÉRIE, EM 2001.


A apreciação cambial de 2,5% em julho respondeu isoladamente por um acréscimo de R$ 8,9 bilhões na dívida líquida do setor público em julho, que encerrou o último mês em 41,7% do PIB - 0,3 ponto percentual acima do resultado de junho.

A relação dívida/PIB passou de 38,4% em dezembro, para 41,4% em maio, chegando a 41,7% em julho. Nas contas do Banco Central, fechará agosto em 41,5% e dezembro em 39,6% do PIB.

Na política fiscal, um dos elementos que se destacam no ano é a maior evolução da despesa com os juros da dívida pública.

Entre janeiro e julho, a despesa atingiu R$ 108 bilhões, contra R$ 95,1 bilhões em igual período de 2009.

O acréscimo decorre, conforme explicou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, do fim dos ganhos com swap cambial e das maiores despesas geradas com o aumento da inflação.

Nos sete primeiros meses do ano passado, as operações com swap cambiais renderam R$ 13,9 bilhões, receita que não se repetiu neste ano.

Em outra ponta, o aumento no IPCA e nos IGPs ampliou o gasto com o pagamento de juros dos títulos públicos corrigidos por índices de preços. A diferença, segundo Lopes, é dada pela evolução dos indicadores.

Enquanto em janeiro e julho do ano passado, o IPCA e o IGP-DI foram, respectivamente, de 2,81% e de -1,66%, em igual período deste ano esses percentuais passaram a 3,10%, para o IPCA, e 5,85% para o IGP-DI.

Nos 12 meses terminados em julho, os juros da dívida somam R$ 182,1 bilhões (5,40% do PIB), o maior nível desde o início da série, em 2001.

Valor Econômico

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