"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 01, 2010

RECUO DE 43,2% FAZ BALANÇA TER O PIOR 1º SEMESTRE EM 8 ANOS,

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Alexandro Martello Do G1

O crescimento expressivo das importações em 2010, fruto do forte ritmo de expansão da economia e do dólar barato, contribuiu para a deterioração de 43,2% no superávit da balança comercial no primeiro semestre deste ano.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o superávit comercial (exportações menos importações) somou US$ 7,88 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, contra US$ 13,9 bilhões em igual período de 2009.

De acordo com dados do governo federal, o superávit comercial registrado no primeiro semestre deste ano é o mais baixo para este período desde 2002 - quando o saldo positivo totalizou US$ 2,58 bilhões. Ou seja, é o menor superávit, para os seis primeiros meses de um ano, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Exportações e importações
No primeiro semestre, as exportações brasileiras somaram US$ 89,18 bilhões, com média diária de US$ 725 milhões, enquanto que as compras do exterior totalizaram US$ 81,3 bilhões, com média de US$ 661 milhões por dia útil. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 26,5%, e as importações avançaram 43,9%.

O que é?
A balança comercial é um dos componentes das contas externas brasileiras. Por conta também do fraco resultado da balança, a conta de transações correntes, formada pela balança comercial, pelos serviços e pelas rendas, deve registrar, em 2010, um déficit de US$ 49 bilhões - o maior da história.

Com isso, o Brasil vai depender de aplicações financeiras para cobrir o rombo, uma vez que os investimentos diretos (destinados à produção) devem somar US$ 38 bilhões neste ano.

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