Os investidores bateram em retirada dos fundos de investimento na semana passada, levando o setor a amargar saída líquida - saques menos aplicações, sem contar a rentabilidade de R$ 4,512 bilhões em apenas cinco dias úteis.
Os resgates se concentraram nas carteiras multimercados (R$ 2,37 bilhões). Os fundos de ações também contribuíram para o resultado negativo do setor, com saída de R$ 114,1 milhões.
As informações são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
No mês, até o dia 25, é clara a preferência dos investidores pelas aplicações conservadoras. Juntos, os fundos de curto prazo, renda fixa e referenciado DI amealharam R$ 7,16 bilhões, mais de 75% da captação líquida do setor em junho (R$ 9,15 bilhões).
O investidor está certo em fugir das aplicações financeiras mais arriscadas, afirma Alexandre Espírito Santo, economista da Way Investimentos.
Ele lembra que, além das incertezas externas que turvam o horizonte para a bolsa, há o aperto monetário por aqui. Espírito Santo acredita em elevação da taxa Selic em pelo menos mais 1,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano.
"Com esse ganho fácil na renda fixa, o investidor não tem estímulo para correr o risco da bolsa", ressalta.
Antonio Perez/Valor Econômico
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