Agencia o Globo/Henrique Gomes Batista e Cássia Almeida
O forte aumento dos investimentos, a crise internacional e o longevo crescimento do consumo das famílias - mesmo que em patamar um pouco inferior - acabou por afetar as contas externas do Brasil.
Segundo o IBGE, a necessidade de financiamento da economia nacional no primeiro trimestre foi de R$25 bilhões, R$10,8 bilhões a mais que no mesmo período de 2009. Esta situação amplia a vulnerabilidade externa da economia, segundo economistas.
Segundo o IBGE, enquanto as exportações cresceram 1,7% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao último trimestre de 2009, as importações avançaram 13,1%.
Na comparação dos primeiros três meses do ano com igual período do ano passado a situação se repete: as exportações registraram um crescimento de 14,5%, enquanto as importações deram um salto de 39,5%.
De acordo com a Convenção Corretora, o forte aumento das importações, que superou em muito o avanço das exportações, foi responsável por uma redução de 2,9 ponto percentual do PIB.
Ou seja, a contribuição externa foi negativa para a economia brasileira. Essa situação piora ainda mais a necessidade de financiamento da economia.
- De certa forma, as contas externas refletem o círculo virtuoso da economia doméstica, que se contrasta com a debilidade que outros países ainda vivem - disse Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV
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