Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado modificou suas apostas, concentrando-as numa elevação mais forte da taxa básica de juros (Selic). Antes divididos entre uma alta de 0,50 ponto ou 0,75 ponto, na segunda-feira, 26, os operadores convergiram para a elevação maior, o que levaria a taxa para 9,50% ao ano.
Alguns até arriscavam que o aumento poderá chegar a 1 ponto porcentual, o que ajudaria a poupar o Banco Central (BC) de elevar a taxa no período eleitoral. A mudança na expectativa foi acompanhada pela elevação dos juros no mercado futuro.
Meirelles explicou que os textos do BC, como o Relatório de Inflação e as atas do Copom, não dão "nenhum sinal sobre se há um número versus outro". Em outra entrevista, à Reuters, ele passou mais um recado. "O BC vai adotar medidas fortes para garantir que a inflação atinja a meta no horizonte relevante."
"O BC está avisando que o comportamento mudou e não está mais disposto a ficar atrás do mercado, atrasado", diz um economista de banco em São Paulo que pede anonimato. Essa mesma leitura foi ouvida em boa parte das instituições financeiras.
Focus
A meta é de 4,50%
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