"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 23, 2010

NA DIPLOMACIA PETISTA HÁ MUITO CHULÉ E MAU HÁLITO.


Autor(es): Agencia O Globo/ Sérgio Roxo
De um ebrioso sem noção não se pode esperar seriedade , em qualquer situação será sempre um momento "papo de boteco".

Diplomata, que foi ministro das Relações Exteriores de FH, rebate provocações do presidente Ministro das Relações Exteriores no governo Fernando Henrique, Celso Lafer rebateu ontem as afirmações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a política externa brasileira tinha no passado “complexo de vira-lata”.

Num evento em São Paulo, Lafer acusou o presidente de ter usado o Itamaraty como “palanque eleitoral”. Presente ao evento, que discutia a política externa brasileira, Fernando Henrique afirmou apenas que a crítica de Lula não “merece resposta”.

— Creio que o presidente, pelas declarações que deu no Dia do Diplomata, fez do Itamaraty um palanque eleitoral.

Aproveitou para partidarizar a política externa, o que me parece um equívoco porque a política externa deve ter elementos de continuidade e sempre foi uma política de Estado.

Acho igualmente que ele colocou a discussão num nível que não parece apropriado

— criticou Lafer, antes de participar de um debate no lançamento do livro “Democracia, Crise e Reforma, Estudos da Era Fernando Henrique Cardoso”.

Lafer falou também sobre o episódio, citado por Lula no Dia do Diplomata, terça-feira, em que foi obrigado a tirar os sapatos numa revista ao desembarcar nos Estados Unidos, quando era ministro.

— Fui aos Estados Unidos num momento subsequente aos ataques terroristas (de 11 de setembro de 2001), e havia uma legislação aplicável a todas as pessoas. Achei que era natural essa preocupação com segurança.

Entendi republicanamente que não cabia o “sabe com quem você está falando”.

Não criei problemas, assim como não criaram nesta mesma ocasião o ministro (das Relações Exteriores) da Rússia e a ministra do Chile. O ex-ministro destacou também que estava viajando em voo comercial.

— Sempre fiz as viagens internacionais em voos comerciais, o que parece mais apropriado porque não cabe fugir das regras normais quando não é necessário.

No evento, realizado na Faculdade Faap, as declarações de Lula sobre o episódio do sapato foram alvo de brincadeira.
Ao ser chamado para a mesa, Lafer respondeu que estava dando entrevista aos jornalistas “de sapato”.

Em seguida, no debate, o cientista político Bolívar Lamounier, ao falar de populismo, disse, em tom de brincadeira, que Lafer não deveria ter tirado o sapato. Lafer respondeu.
— Os ministros do Lula têm chulé — brincou

Um comentário:

Anônimo disse...

O colega britânico e o mexicano do senhor Lafer não foram sobmetidos a esse mesmo tratamento nos aeroportos americanos.

Ainda assim esse incidente é de pouca monta. Por que o aduzem tanto?

Se é para criticar Lafer, Lula podia ter feito melhor. Material para isso não falta. Lula podia aduzir, por exemplo, a covardice de Lafer no caso Bustani: sua covardia ao não defender o cargo de chefia do brasileiro José Bustani numa organização da ONU sobre proliferação de armas químicas - cargo que ele exercia com reconhecida competência. A falha de Lafer nesse sentido deveu-se à pressão do americano Colin Powell, que exigiu de Lafer que este proibisse funcionários de embaixadas brasileiras de fazer lobby a favor de Bustani.

E o acordo, proposto por FHC e Lafer, a respeito de Alcântara? Um acordo humilhante que entregava, por tempo indefinido, a base militar e espacial de Alcântara para controle exclusive dos EUA - e isso a preço de banana: 600 mil dólares por ano. Um acordo que significa uma traição à pátria conforme o Código Penal Militar.

Diante das calças molhadas de Lafer, o que significa o "chulé" dos ministros de Lula?